sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

PIADA INFAME E IMPRÓPRIA

Contada pelo pai do Pedrinho, que fique clara a autoria.

Mauricinho foi no puteiro e a moça ficou de quatro. O que ele fez?
Colocou o tabuleiro nas costas dela e começou a jogar. hahahahaha

O CONFRONTO


Em partida realizada na noite de 30 de dezembro de 2010, no banquinho da praça, enfrentaram-se dois verdadeiros Titãs do tabuleiro (ao menos em relação aos “empurradores de madeira” que aparecem por lá). Claudecir e Dud’s Tozinsky brindaram o público com a fina flor do xadrez. Jogando com as peças pretas, o agressivo e nada ortodoxo Claudecir foi pra cima. Com seguidos sacrifícios em nome de posição, Clau logo ficou em significativa desvantagem material, porém, colocando Tozinsky em posição delicada. No final, porém, a mente metódica e fria de Dud’s Tozinsky prevaleceu e as pretas abandonaram o jogo, coisa que deviam ter feito bem antes, no entender dos espectadores. “Poupa Tempo Clau!!!           
Veja a partida  e comente se achar que vale a pena.
(Se por acaso tiver umas cinco horas ociosas na noite da virada para o ano novo, acompanhe a emocionante e LONGA partida entre Pedrinho e Mauricinho).
                 

Dud’s Tozinsk (brancas)
Clau (pretas)
1
P4R
P4R
2
C3BR
B4BD
 3
P3D
C3BD
4
B2D
P3TR
5
P3BD
D5BR
6
B2R
P3D
7
O-O
B2D
8
B3R
BXB
9
PXB
CR2R
10
C4D
DXT
11
DXD
PXP4D
12
PRXP
O—O
13
C2D
P4BR
14
P4D
C4R
15
P5D
C5CR
16
BXC
PXB
17
D4BD
R1CD
18
C3CD
C1BD
19
P4BD
C3CD
20
P5BD
T1R
21
PXP
PXP
22
P6BD
C1TD
23
PXP
B1BD
24
C5BD
BXP
25
P4TD
C3CD
26
DXP
P4TD
27
CXP
TXP
28
CXT
CXP
29
T1D
C6R
30
T4D
T1BR
31
D5CD
P3BD
32
D5R+
R1T
33
C3CR
C4D
34
DXPC
T1R
35
T1D
C6R
36
T1R
P4TR
37
D5CR
P5TR
38
C5BR
P4BD
39
TXC
TXT
40
DXT
BXP
41
RXB
P7TR
42
R3CR
ABANDONAM
43


                                                          

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Brasil: um país de todos (mas uns mais todos que outros)



Um socialista alemão ou russo, do início do século XX, que de alguma forma pudesse viajar no tempo através dos famosos “buracos de minhoca” descritos poeticamente por Stephen Hawking, ou que talvez fosse conservado por “criogenia” como o Fry, de Futurama, enfim, que de alguma forma aparecesse instantaneamente no Brasil de hoje, ficaria extasiado.
            PTB (Partido Trabalhista Brasileiro), PCB (Partido Comunista Brasileiro), PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira), PDT, PSB e por fim, mas não menos importante, o supra-sumo, o baluarte da esquerda brasileira, o Partido dos Trabalhadores, que inclusive tem como símbolo a estrelinha vermelha.  Teria o socialismo triunfado? Haveria no Brasil espaço político apenas para os legítimos representantes da classe trabalhadora?
            Ao passar em frente as Casas Bahia, tarde da noite vale frisar, ver as portas abertas e por uma tela de LCD, espiar o noticiário político, nosso visitante do tempo não entenderia nada. Tantos partidos representando os trabalhadores e as condições de vida da classe nem mencionadas são. Provavelmente o Brasil conseguiu resolver todos os dilemas dos obreros e questões como jornada de trabalho e salários estariam ultrapassadas, pensa nosso amigo do passado.
            Um fala em construir o “aerotrem”, seja lá o que isso signifique; os parlamentares aumentam o próprio salário em mais de 60%; uma gostosa com nome de fruta pede votos; por fim, um simpático palhaço é a figura política mais comentada da república. É o paraíso socialista!!! A Revolução triunfou nos trópicos e agora é só o tédio da sociedade sem classes, pensa.
            “Caminhando e cantando” nosso amigo vai conhecer melhor essa Utopia tropical. Na primeira esquina crianças esfarrapadas, pele escura, cheirando cola. Mais a frente um pronto-socorro público, onde “qual nun sonho dantesco, um de raiva delira, outro enlouquece, outro, que de martírio embrutece, cantando geme e ri”. De um lado casas ricas, jardins bem cuidados, altos muros e bem protegidos. Do outro, nem casas são, apenas um teto sustentado por míseras paredes cobre a vida desgraçada dos que madrugam pela pátria que os pariu.
            Os trabalhadores, trabalham, pois é esse seu papel. Agora, obedecendo a uma nova lógica, que nem é tão nova assim: não trabalham pra viver, mas sim, vivem pra trabalhar. Uns trabalham outros enriquecem, eis a divisão do trabalho.
Quando baixam as portas, quando os falsos sorrisos são vencidos pelo cansaço, a verdade se desnuda. “O dono do dinheiro marcha agora á frente, como capitalista; segue-o o proprietário da força do trabalho, como seu trabalhador. O primeiro, com um ar importante, sorriso velhaco e ávido de negócios; o segundo, tímido, contrafeito, como alguém que vendeu sua própria pele e apenas espera ser esfolado”.
            “Auriverde pendão de minha terra, que a brisa do Brasil beija e balança”, que país é esse? Que país é esse?
            É a porra do Brasil!!!

                                                                     

Saymon de Oliveira Justo
                                                                      Dezembro de 2010