terça-feira, 31 de maio de 2011

Testando.

Testando, testando, três, dois, um..., Blast off!!
Há algo errado com meu acesso. Acho que terei problemas para acessar como Dúdis daqui para a frente. Talvez eu mude para o americanizado "Dud's"! Espero que os amigos não se importem. Dúdis.

Mestre as 9 anos, bate esse Capivarada?

Um garoto de 9 anos se tornou o mais jovem mestre de xadrez da história nos Estados Unidos da América, superando por apenas alguns dias o recorde anterior.

Samuel Sevian, que nasceu em Santa Clara, na Califórnia, recebeu o título em 11 de dezembro de 2010, após uma partida de xadrez disputada em San Francisco. Na ocasião, ele alcancou o rating de 2.201 pontos, o suficiente para a Federação de Xadrez dos EUA qualificá-lo como mestre nacional.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Caminhada.

É. O Homem caminha sem rumo sobre a superfície da esfera planetária; carregando consigo seu próprio juízo. Com este instrumento ele julga, absolve ou condena a si e aos outros. Suas punições variam do auto-extermínio de si, ao desprezo pelo próximo, a quem condenou e condena sumariamente.  Quando se faz juiz severo de casos mal estudados pode decidir pelo extermínio alheio, e se executa esta pena, encontra seu próprio julgamento pelos magistrados seculares. O Homem também aprende e desaprende. Lembra-se de diversas coisas, e esquece-se de uma enorme quantidade de dados. Ele acredita em muita coisa duvidosa, e duvida de muita coisa real. Ele não discerne corretamente entre ‘real’ e ‘irreal’; ao menos não discerne corretamente em todas as situações em que esta distinção crucial se faz necessária. Isto ocasiona fanatismo, superstição, medos, neuroses, psicoses e alienação.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Crônicas do Vencedor...

Boa noite, Senhoras!
Hoje o dia foi bem produtivo. Lá no banquinho tudo transcorreu como de costume, comigo ganhando todas as partidas dos espíritos menos favorecidos e tomados pelo ódio rancoroso vingativo e pútrido contra a minha singela pessoa.
Aconteceu, inclusive, um fato inusitado. Normalmente, quando uma pessoa desafia outra para um duelo,

quarta-feira, 25 de maio de 2011

CAROS AMIGOS, FUI NOMEADO OFICIAL DE JUSTIÇA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Caros amigos, é com grande alegria que os informo que sou o mais novo Oficial de Justiça da 3ª Vara de Família e Sucessões da Comarca de Franca.
Fui pego de sopetão pela publicação do Diário Oficial desta Quarta-Feira.
Bem, de qualquer forma, quero compartilhar esse momento feliz que passo com meus amigos. Quero dizer que minha luta com esse concurso foi desoladora, mas, ao final, consegui minha vitória.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Tréplica sem rancores.


                 Bem, devo admitir que melhoraste teus argumentos, aprofundando-os e esclarecendo-os em relação ao texto "Duas visões?", que está desairoso, para ficar só nesta crítica. Mandaste-me ler uns livros não foi? Indicai-os por títulos e autores, quem sabe os leio e os explico a você posteriormente, com paciência, com didática e de forma pedagógica, como deve ser neste caso.

                 Ao contrário de ti, escritor com tendências “cronistas” e “contistas”, ou seja, literárias; gosto de notas de rodapés e citações, tendências cientificistas e técnicas,

segunda-feira, 23 de maio de 2011

REFUTAÇÕES DAS REFUTAÇÕES!

1) Não me baseio em nenhum pensamento ou autor em especial. Trata-se, antes, de sentimento. Vc consegue ver alguma vantagem nessa briga entre ciência e religião? Eu não. Prefiro o consenso. A história prova que essa briga infantil é na verdade uma briga de egos. Não preciso ler ou citar uma determinada ideia para expressar a minha própria concepção de mundo. Alías, prefiro me expressar sem as famosas notas de rodapé. Soa mais original e autêntico. Mesmo que seja um equívo será de minha autoria.
2)Minha concepção mística de mundo não exclui a liberdade de pensamento, pelo contrário, trás a ela um

Refutações indispensáveis.

Indagações:
1. Dizer que a visão científica sobrepõe-se à religiosa ou vice-versa é um tipo de pensamento há muito estagnado”.
Aqui você fez uma afirmação. Você poderia me dizer onde o pensamento ao qual se refere se estagnou? Em qual pensador? Em qual paradigma? Em que momento ele se estagnou? Você pode ser mais preciso? Quando se resolveu a questão? O que você leu que o levou à tão tacanha percepção?
2. O Homem e seus dilemas não ganham nada com essa sobreposição preconceituosa de valores
Outra afirmação. O que eu por minha vez afirmei foi justamente que o tal “valor” intrínseco a estes dois sistemas

O Enigma do banquinho


DUAS VISÕES?


“Caminante, no hay camino, se hace camino al caminar”
_António Machado, poeta sevilhano

Dizer que a visão científica sobrepõe-se à religiosa ou vice-versa é um tipo de pensamento há muito estagnado.
O Homem e seus dilemas não ganham nada com essa sobreposição preconceituosa de valores sobre essas duas visões de se conceber o universo e nossa existência nele.
É fato que a religião queimou cientistas e negou as iluminuras dos métodos científicos matematicamente explicáveis. Mas também é fato que em nome da ciência, p. ex., o Direito, em certo tempo, transformou-se em um quase sistema computacional capaz de validar holocaustos inteiros ao sabor da pertinência lógica ao intocável “Ordenamento Jurídico”.
Ambas as visões, científica ou religiosa, não são mais que fruto dos anseios humanos. Ambas não são mais que o próprio homem e sua busca insaciável pela “verdade”.
Certa feita, D. Paulo Evaristo Arns, ex-arcebispo metropolitano de São Paulo, disse: “A busca pela verdade distingue o Homem, nossa paixão por ela nos dignifica”.
De fato, acredito que D. Paulo não errou. Se do contrário fosse, ou seja, se não nos preocupássemos com a verdade (tomada aqui subjetivamente), onde residiria nossa dignidade? Onde estaria o mínimo de respeito por nossa própria existência, como seres racionais, se não há qualquer preocupação sobre serem verdadeiros os caminhos que ousamos trilhar enquanto existimos?
Essa preocupação é subjetiva. A verdade, acredito, não existe de forma objetiva, mas, sim, existe subjetivamente e de forma pulsante no âmago de cada um e faz parte de nossa existência pelo menos lançarmo-nos ao desafio de questionar o universo e seus mistérios tentando sondá-la.
Religião e Ciência não são mais que facetas dessa busca incansável do Homem atrás de sua verdade, de sua própria dignidade.
Contudo, é fato que o Homem criou e destruiu vários mundos e os suportes filosóficos que os sustentavam. Assim, caso seja instaurada uma celeuma envolvendo religião e ciência, esta deve estar atualizada com o mundo em que vivemos hoje. Se essa atualização não for feita, corremos o risco de julgar a religião pelos tribunais inquisitórios da Idade Média e a ciência pelas experiências sórdidas de Josef Mengele.
É engraçado e até mesmo irônico dizer que nos dias de hoje à religião é dado um pensamento exclusivamente mitológico, metafísico, insondável e atemorizador, enquanto que à ciência enrijeçam-se o argumento válido, matemático, racional, fruto da experimentação coerente ao uso de métodos e controles capazes de garantir certa dose de verificabilidade.
Digo engraçado, porque a ciência necessita tanto de dogmas quanto a religião. Ou não é verdade que o cientificismo do século XIX não passou de um mito onde a ciência era a protagonista capaz de explicar com perfeição todas as questões humanas?
Da mesma forma, explicar o pensamento religioso apenas pelos dogmas da “revelação” é muito pouco para delinear toda a idiossincrasia que reina entre suas interpenetrações com a política, economia, sociologia, direito, história, diplomacia, filosofia, psicologia, medicina etc.
Não é possível, nem crível, afirmar que a ciência é capaz de explicar TODOS os anseios humanos. Ela pode até tecer considerações sobre os seus limites biológicos e a morte que fatalmente se avizinha, contudo, jamais poderá AFIRMAR o que ocorre após a morte (se algo ocorrer).
Mas alguns podem dizer que a vantagem da ciência sobre a religião reside em sua autopoiese, em sua capacidade de retificação e re-elaboração de suas próprias verdades, enquanto que a religião permanece em estado inercial desde sempre, mantendo perenes os mesmos dogmas de outrora.
Nada mais preconceituoso pensar dessa forma. Cada um desses dois sistemas de raciocínio tem suas próprias teleologias e idiossincrasias. A ciência se reinventa a todo instante porque é da natureza do próprio Homem buscar constantemente o aperfeiçoamento intelectual e estético de si mesmo (ressalvadas as questões econômicas que delimitam o tema). Da mesma forma, a religião mantém perenes seus dogmas e seus sistemas porque também é da natureza humana manter perenes os mesmos questionamentos que sempre fez sobre sua própria existência, a morte, Deus, de onde veio, por que veio e para onde irá. Não é necessário reinventar dogmas e preceitos religiosos para lidar com questões que desde sempre nos afligem da mesma forma, basta ter ou não ter fé nesta ou naquela religião.
Porém, a questão não é tão simples assim. Religião e Ciência foram tomadas aqui como sistemas livres e que trabalham sempre em favor do Homem. E sabemos que as estruturas não são tão maravilhosas e despretensiosas assim. Invista milhões de dólares em uma universidade ou um grande centro tecnológico e terá dos seus cientistas a verdade científica que melhor lhe convier. Você poderá até mesmo descobrir ironicamente que fumar faz BEM à saúde. Da mesma forma, deixe de examinar criticamente sua fé e verá como é fácil partir para a alienação e misticismo desenfreado.
Em resumo, religião e ciência, a meu ver, explicam cada uma o seu universo de verdades, mas são tão imperfeitas quanto os seus criadores. Resta ao homem de bom senso saber usar o que é bom de ambas. 

Rafael Guerreiro

domingo, 22 de maio de 2011

Meditações gélido-dominicais.

Seres Humanos. Obviamente animais produzidos pela evolução natural das espécies. Perfeitamente, extremamente adaptados ao meio planetário e à vida gregária. Desenvolvemos linguagem e ‘cultura’, e esta última, através da primeira, nos torna mais dessemelhantes do que já nos fez a natureza, ou o “Criador”. Linguagens incompreensíveis entre si, linguagens estranhas na boca de estranhos, e a discórdia e o exterminismo estão semeados. A explicação alternativa milenar para a origem e natureza de nossa espécie é hoje chamada, eufemisticamente, “design divino espontâneo”, ou criacionismo. A teoria da ‘evolução por seleção natural dos mais aptos’ foi recentemente elaborada, ou descoberta, e até sua difusão e assimilação o criacionismo supriu uma lacuna explicativa importante. Na religião, o homem é semelhante a Deus. Na ciência, o homem é mais um animal. O criacionismo foi eficaz até ter de enfrentar a ‘ciência’. A religião é obra revelada, mística, teleológica, insondável e atemorizadora, fruto mitológico que transcende as eras descritivas elaboradas pelos paleontólogos e arqueólogos para nossa espécie. A ciência é implacavelmente bem formulada no quesito “argumento válido”; e é obra coletiva, cumulativa e paradigmática, resultado da investigação minuciosa e destemida do homem sobre a natureza. Hoje os dois sistemas explanatórios coexistem. Um é reminiscência de uma era ingênua e crédula, de tempos obscuros ao conhecimento científico. O outro é um luminar do saber humano. Obra prima do gênio investigativo humano. Ambas sistematizações colidem frontalmente. Uma tem seus quartéis generais nos templos, basílicas e mosteiros. Outra, nos centros acadêmicos e laboratórios. Uma tem seus defensores no alto dos púlpitos e tribunas. Outra, nos seminários e congressos científicos. Uma tem seus fundamentos condensados e codificados em um único livro, e apóia-se em sistemas explicativos mitológicos de povos de todo o mundo. Outra tem seus fundamentos e princípios expostos em diversos livros que se complementam, em artigos, ensaios, relatórios de pesquisa e resenhas científicas. Uma tem a fiel adesão de algo em torno de 94% da população mundial. Outra tem seguidores céticos que não chegam a 5% da população mundial. Numa, os adeptos estão calados e guardam reservadamente suas dúvidas temendo a ira potencialmente desencadeada por seu Soberano, por seus ‘representantes’ terrenos e suas instituições e por seus irmãos de crença, que abominam a descrença. Estes temem a excomunhão e a condenação eterna. Noutra, os seguidores são ao mesmo tempo perseguidores incansáveis de provas e contraprovas, são curiosos e sempre desconfiados. Acreditam na possibilidade de ‘melhorias’ no sistema explicativo de seu paradigma científico, e em geral não temem poderes "sobrenaturais", por simples coerência. Em uma, os seguidores são grandes rebanhos silenciosos, mansas manadas prontas a prostrarem-se ante as mais extravagantes e insustentáveis explanações. Em outra, os seguidores são desinquietos, barulhentos e ativos, prontos a apontarem falhas lógicas, erros de cálculos e distorções interpretativas em suas próprias fileiras.

Paradoxos. Ambas colocaram a coletividade humana em risco, tanto apocalíptico quanto cataclísmico, por puro capricho. O valor de cada uma é "absolutamente" relativo. Paradoxos.

Linguagens diferentes. Uma, mitológica, cifrada, supersticiosa, revelada a “escolhidos” e interpretadas por sacerdotes privilegiados, cheia de tabus indiscutíveis e inquestionáveis que deixam seus adeptos em um desconfortável consolo. Outra, matematizada, livremente pensada, cheia de dados estatísticos, totalmente compreensíveis apenas a uns poucos e também privilegiados iniciados; mas aberta ao debate, ao confronto e a crítica. A religião queimou cientistas. A ciência destronou os sacerdotes religiosos. Há uma batalha sendo travada nos substratos institucionais que as representam? Faz-se necessária a escolha entre uma das opções? É possível uma conciliação, como tentam alguns esforçados pacificadores ? Linguagens semelhantes. “Concílios”, assembléias de teólogos. “Sínodos”, reunião de párocos e padres. “Simpósios”, assembléias de cientistas e tecnólogos. "Congregar", existir simultaneamente...

domingo, 15 de maio de 2011

Mini-Curso de Redação ENEM - Notícia

Bom, estou muito orgulhoso com um dos meus projetos. Por isso, resolvi compartilhar essa nota do site da prefeitura de Franca.
Todos são bem vindos a comparecer no mini-curso.

11/05/2011 - EJA promove curso de redação entre os alunos



A Secretaria de Educação realiza, a partir do dia 14, o mini-curso de Redação para o ENEM, oferecido aos alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA). Ao todo, 130 alunos foram beneficiados com as vagas. Segundo a coordenadora do programa, Célia Tavares, o curso era uma reivindicação dos alunos que pretendem prestar o exame ou vestibular. Eles buscam por novas oportunidades que os ajudem no aprimoramento técnico da redação. "Atualmente, a redação compõe fator importantíssimo para o ingresso na universidade, seja ela pública ou privada, como também obtenção de desempenho nos processos seletivos para ingresso no mercado de trabalho", comentou Tavares.
O curso de redação será ministrado pelo professor Roberto Sabino, graduando em História pela UNESP de Franca, com curso de Redação pela UNICAMP. Atua como professor de redação no Cursinho da UNESP e no Instituto Práxis de Educação e Cultura (IPRA). Atuou no Programa Cursinhos Populares da Prefeitura de 2009 a 2011, como monitor.


As aulas vão abordar a questão da escrita, o aprimoramento do desenvolvimento lógico, incentivo à prática da leitura, análise e debates sobre temas atuais. Pautado numa metodologia amigável, experiências pessoais e em questões subjetivas, pretende manter a atenção dos alunos naquilo que realmente importa no momento de composição do texto. Ao todo, serão quatro aulas com uma hora e meia de duração, das 13 às 14h30, num total de seis horas, ministrado aos sábados, na Sala de Projeção do Colégio Champagnat. De acordo com Tavares, a notícia foi recebida pelos alunos com muito entusiasmo e competitividade para ocupar as 130 vagas oferecidas, o que denotou o grande interesse dos alunos, sendo necessária a realização de um sorteio para a distribuição de vagas. 
Como a demanda foi maior do que a esperada, a secretaria de Educação deve realizar outra edição no segundo semestre.

MORAL E SOCIEDADE


“A moral é uma das funções ideológicas nessa luta (a luta de classes). A classe dominante impõe seus fins á sociedade e se habitua a considerar todos os meios que contradizem seus fins como imorais”.
(León Trotsky)

Ontem estava lendo um texto de Trotsky, para variar, e gostaria de compartilhar o tema do texto com alguns colegas do blog que por ventura se interessem.
Em “Nossa moral e a deles” Trotsky responde ás acusações de que os comunistas seriam “amorais”. Para Trotsky não existe uma moral “fora da sociedade”, ao contrário. Os preceitos morais seriam históricos, relativos ao desenvolvimento da sociedade.
Nessa linha de raciocínio, durante a Guerra Civil, o líder do Exército Vermelho ordenou que se fizessem de reféns os familiares dos oficiais do exército a fim de garantir-lhes a lealdade.
Ao defender a execução sumária dos inimigos ou a militarização do trabalho, deixa clara sua concepção de que os meios estão estreitamente ligados aos fins. Os meios seriam “moralmente válidos” desde que os fins também o fossem. Se executar ou torturar um refém garantir um fim “superior”, no caso a sobrevivência da revolução”, logo esses meios são válidos e “morais”.
Para Trotsky a única forma de se conceber a moral “fora da sociedade” seria através da religião, coisa que como materialista, nega veementemente.
Bem, não me deterei discutindo a moral do ponto de vista religioso, uma vez que é impossível provar que algo não existe. Mas me parece claro que muitos preceitos morais são históricos, portanto, relativos.
Entre os espartanos antigos, por exemplo, era moralmente aceitável sacrificar uma criança que nascesse com alguma deficiência física. Hoje isso seria, além de criminoso, considerado “monstruoso”.
No Brasil escravagista a moral dominante, dos senhores de engenho, apoiados na Igreja Católica, conciliava o cristianismo com o “tronco”, a “chibata” e o comércio de Seres Humanos. Não podemos esquecer que a moralidade da Santa Igreja Católica, por exemplo, justificou a fogueira para milhares de “infiéis”.
Enfim, muitos preceitos morais apareceram e desapareceram de acordo com o desenvolvimento social. Estaria a moral apenas contida nos “fins” ou existiria um “núcleo duro” inerente a espécie humana ou aos seres vivos em geral? Existiria uma “moral” fora do social, talvez ligada aos “mandamentos biológicos de preservação”?
Claro que nesse sentido, os “fins”, no caso a preservação da espécie, também justificariam os meios, porém esse fim seria a – histórico.
Resumindo, existe um “núcleo duro moral” comum, inerente á espécie, válido tanto para o católico Rafinha Batabranca, o ateu Dud’s Tozinsky, o confuso Saimov Kasparento, um servo dos tempos de Tutankamon, um guerreiro de Xerxes ou mesmo a famosa Lucy?

Saimov

sábado, 14 de maio de 2011

Reflexões sobre “La muerte”.

Nascemos, e após uma fase de gradativo, crescente e contínuo despertar da consciência para o mundo externo e para a vida, ocorre acidentalmente, por má formação congênita ou por distúrbios fisiológicos críticos, freqüentemente bem antes do esperado 'estatísticamente’, um súbito, brusco e definitivo retorno à condição inconsciente de ser. Desta vez, não uma inconsciência parcial e temporária, como no sono, no desmaio ou no coma, mas uma profunda, irreversível e permanente inconsciência em relação a tudo o que foi contemplado até então. É quase inconcebível tamanho desaproveito por parte da natureza, sempre tão econômica, harmoniosa e cheia de recursos. Compreensível é que o tema seja tabu, que seja polêmico e que gere tanta especulação, afinal, é natural que aqueles que estão cônscios, lúcidos e ativos neguem, evitem e protelem esta circunstância indesejada por quase todos, até que não haja mais nada a ser feito para impedi-la. Pois o que esta em jogo é nada mais que a individualidade, a senciência, a essência de cada um. O universo pessoal de informações, saberes, segredos, conjecturas, noções, verdades, dons, habilidades, interpretações, imagens, sínteses e sonhos...
Chega mesmo a ser irônico o fato de que o processo da vida consista em uma sequência de fases que culmine nesta última, a fase de extinção do ser pensante; às vezes, com acelerada queima de etapas. Mas o que parece certo é que de todos os dados e informações contidas nas redes neurais do indivíduo 'deceased', apenas uma parte ínfima tenha importância e valor social. A quase totalidade do conhecimento acumulado sobre a vida, na vida que se esvai durante a decomposição da matéria que constituía o ser, tinha valor e uso somente para o próprio ser que iniciou seu processo de deterioração material. Entretanto, a natureza é sábia: nas circunstâncias que se avizinham, este individuo não precisará mais fazer uso de nenhum desses dados, nenhum. E os vivos; os vivos não podem depender dos mortos...
Portanto, a morte fecha um ciclo justo, natural, ainda que seja francamente lamentável em certos casos. E quase não há desperdício, apesar da exuberância da vida se manifestando na suntuosa ostentação de seres altamente complexos, desenvolvidos e cultivados, que hoje se encontram no auge de sua atividade física e mental, e amanhã, na mais absoluta inutilidade; exceção seja feita aos doadores de órgãos, aos que 'doam' seus corpos como exemplares para estudo da medicina, e aos cadáveres mumificados ou fossilizados, que servem a ciência hoje e que abastecerão o equivalente da ciência de daqui a 20.000 anos...
Na vida, temos consciência de nosso inconsciente; na morte, estaremos inconscientes de nossa pretérita consciência... Trilhai o caminho da humildade, e não acampei nas clareiras da arrogância. Avia-te para os idos de março...

sexta-feira, 13 de maio de 2011

SAIMOV KASPARENTO VS DUD'S TOZINSKY . A BATALHA FINAL

Terminou na noite de ontem a partida iniciada aqui no blog no dia 12 de abril. Saimov venceu a segunda, de uma melhor de três, contra Dud’s Tozinsky.
Jogando com as brancas, Saimov fez sua característica manobra para de sacrificar um bispo pelo cavalo adversário. Dizem as más línguas que apenas jogadores medíocres fazem esse tipo de cambio. Digam o que quiserem, nessa troca Saimov dobrou um peão do adversário, que ao final da partida fez diferença.
Após a troca Dud’s Tozinsky manobrou para o roque. Saimov atacou o roque adversário, que acabou sendo frustrado e de quebra ganhou um peão, que no final...
A partir daí Tozinsky assumiu as iniciativas. Saimov abandonou o ataque para consolidar sua estrutura de peões (linha saimoviana).
 Com um jogo agressivo, Tozinsky dobrou torres, colocando o monarca de Saimov na iminência de um mate. Saimov na defensiva e Tozinsky atacando, esse foi o desenho da partida até que o cavalo tozinskyano encontrou uma posição altamente ativa, ameaçando destruir a sólida linha saimoviana, na melhor das hipóteses para Saimov, ou apoiar as torres negras no mate.
Após queimar 90% de seus neurônios Saimov armou a velha arapuca do peão de graça. Tozinsky foi guloso e pegou o peãozinho branco, mal sabia ele que seu rei ficaria cravado.
A partir desse momento a partida se resolveu ao vivo pelo msn. Saimov calculou mal e deu como certa a tomada do cavalo de Tozinsky sem maiores conseqüências. Mas tirando uma jogada de sua maligna mente, Dud’s não apenas salvou o eqüino como capturou a torre de Saimov. Bem, o saldo da manobra foi a troca das duas torres e dessa forma continuou a vantagem de peões de Saimov.
O peão do rei de Tozinsky era uma ameaça clara, pois a coroação era quase certa. Com uma manobra de cavalos Saimov libera seu peão da torre, ameaçando coroar e Tozinsky é obrigado a trocar cavalos.
Apesar da vantagem de um peão e do “dobrado”, o final foi tenso, digno dos milhares de fãs espalhados pelo mundo que acompanhavam ansiosos o desenlace.
Saimov, dessa vez, não pipocou, como costuma acontecer. Levou a vantagem até o final e venceu.
Foi declarado “Campeão da Melhor de Três” pela FEB (Federação Enxadrística do Banquinho).

SAIMOV  OMNIA VINCIT

By: Saimov Central de Jornalismo. A interpretação imparcial dos fatos.

Foto do momento em que as pretas abandonam o jogo.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

A NOVA GUERRA

Quem nunca assistiu um daqueles filmes de guerra sobre a “Grécia Antiga” ou o Império Romano. Grandes exércitos “se encarando”. Correm na direção um do outro, acontece o “choque”, se interpenetram até formarem uma massa tétrica. Nesse tipo de guerra, e em outras de tempos bem mais recentes, o cheiro do sangue no campo de batalha era o mesmo para vencedores e vencidos.
Já na Primeira Grande Guerra as trincheiras protagonizaram cenas dantescas. Quantas batalhas não foram vencidas na luta corpo a corpo? Naqueles idos era comum o soldado sentir o bafo no inimigo em seu rosto ao cravar-lhe a baioneta no ventre.
Na Segunda Guerra entram em ação novas máquinas de morte. Os bombardeios, os gazes, as metralhadoras, enfim, o massacre em massa já não mais distinguia militares de civis. A carniça de Stalingrado ou de Auschwitz impregnava a “civilizada Europa”. Os soldados ou carrascos, se é que se pode distingui-los, sentiam o cheiro da carne queimada como se fosse parte do espectro de odores da natureza.
Já na guerra do Vietnã, os famosos “sacos pretos” voltando para a América não deixavam espaço para ilusão sobre a proximidade da guerra. Corpos carbonizados, mutilados, o amigo ao lado com as entranhas de fora dando o último suspiro, o “inimigo invisível” presente em cada passo, tudo isso aproximou o campo de batalha do civil d’além Atlântico, que muitas vezes ainda presenciava a patética situação dos “neuróticos de guerra”.
Hoje, as chamadas “guerras cirúrgicas”, onde geralmente uma potência com tecnologia de ponta tenta submeter pela força das armas um Estado “militarmente inferior”, vem mudando a relação entre as partes.
Muitas vezes o guerreiro de hoje fica em uma sala com ar condicionado, onde em seu monitor, posiciona a mira e aperta o botão. Seu inimigo já não passa de um alvo, é totalmente impessoal. Mata em grande escala como em um vídeo-game. Não sente mais o cheiro do sangue, da carne queimada, não vê o olhar de agonia e nem o sofrimento daquele que acabou de ceifar a vida.
Seja do alto de uma poltrona estofada, apenas conduzindo os “aviões não tripulados”, ou mesmo em um dos famosos “caças invisíveis”, os contornos da guerra do futuro já se tornam bastante nítidos. Essa “guerra sem sangue” (apenas para uma das partes, pois para a outra a carnificina está em cada esquina), traz a falsa ilusão de “não sofrimento”. Os civis da potência militar, que assistem sobre seus gordos traseiros aqueles pontos verdes nos monitores, não se incomodam com a barbaridade dessa “guerra cirúrgica”, e só se levantam em protestos quando a economia se vê prejudicada pelos gastos com os “brinquedos da morte”.
Mas de forma alguma se iludam os comedores de “Mac Lanche Feliz”, pois a morte chega e continuará chegando ao seu território sob a forma do terrorismo, que está para a guerra de hoje como a guerrilha esteve para a de ontem.
Antes de tudo o terrorismo é o resultado e não a causa da arrogância político-militar das grandes potências. Os mortos do  “World Trade Center” são a resposta, a maneira de se fazer o “cheiro da batalha” chegar ao outro lado do Atlântico.

SAIMOV

terça-feira, 10 de maio de 2011

O nonsense do sentido.

Assim não disse Zaratustra? Para quem a vida perdeu o sentido, qual o sentido de se perguntar o sentido? Esta é uma questão válida? O que é mito e o que é realidade no superpovoado e complexíssimo mundo da civilização ocidental? As pessoas fazem filhos para encaixá-los em nomes pré-escolhidos. A fé religiosa se mostrou vã e falsa, não fazendo dos homens seres melhores, exceto em casos muito, muito isolados. A família, para o bem ou para o mal, se desmorona como instituição, seu agregado se desmembra. Os casamentos são comédias públicas mal encenadas e fingimento íntimo mal disfarçado. Se não há como provarmos a realidade, o que dizer da crença na irrealidade fantástica da religião?
-"Herdeiros do século XXI cristão! Bípedes e quadrúpedes! Tomai conta do que não vos pertence!" Gritou o anti-profeta!
-"Os ' homens' não tem preparo psicológico para suportar uma injeção na nádega", que dizer do dia em que as coisas do mundo enegrecerem de vez?
-"O Universo, ouvintes, é uma só e mesma coisa. A separação efetuada arbitrariamente entre coisas e fenômenos é ingênua! Até mesmo a divisão entre 'vivo' e 'não-vivo' é questionável!"
-“Vossa espécie mal acabou de sair das savanas e florestas dos caçadores-coletores e já acredita ter o domínio do mundo físico, químico, bacteriológico, atômico... Vossos instintos e aptidões naturais gritam tão alto pela rude e complexa estrutura de vossas sociedades que ameaçam desconstruir tudo o que construíram”
- "Talvez não sejamos em nada melhores que ou diferentes dos animais. Eles são corajosos perante os mais fracos, e covardes diante dos mais fortes. Apenas criou-se um discurso cheio de eufemismos e justificativas vãs para contradizer esta obviedade. No fundo, a lei do mais forte prepondera"
- “Vossos egos crescem ou diminuem conforme o tamanho e imponência da estrutura que vos abriga, dos ‘títulos’ que carregam e do número em que vos encontram”
- “Buscai o entendimento profundo das belezas e curiosidades da existência, pois logo que se forem, caireis no esquecimento irrecuperável, no repouso absoluto, na inércia perpétua”
_ “Não jogueis fora vossas idéias estapafúrdias, nem vossas idéias plagiadas, nem as inúteis, nem as repetidas, nem as confusas, nem as caducas, nem as superadas, nem as sujas, nem vossas idéias inconsistentes, nem as frágeis, nem as utópicas, nem as francamente idiotas, nem as egoístas, nem as distorcidas pois, neste caso, nenhuma idéia restará para que identifiqueis os detritos restantes”
- "Pareis de pensar como 'homens' e passeis a pensar como seres cósmicos, como entidades pertencentes à uma localidade muito mais vasta que vosso berço terráqueo"
- "Não vos extasiem com vossas ‘vitórias’, nem vos deprimam com vossas ‘derrotas’ pois, toda vitória comporta silenciosas derrotas, assim como as derrotas comportam diversas e insuspeitas vitórias...”

domingo, 8 de maio de 2011

Fábula para uma noite de domingo e outras bobagens (lixo, na visão do Dud's Chupinsky)

Boa noite, Senhoras!
Era uma vez uma linda e virgem Dama branca que gostava de caminhar sozinha pelos rincões de seu reino.
Um belo dia, a jovem Dama resolveu fazer caminhadas mais longas, explorar lugares mais distantes aventurando-se pelo tenebroso Reino Sombrio de Lord Warrior.
Coitadinha...Não sabia o perigo que estava correndo. Muito antes dela chegar até as portas do castelo (que dó...ai, ai...), dois cavalos tenebrosos (verdadeiros corcéis!) enquadraram a Dama contra a torre do castelo de Lord Warrior e seguraram-na até que o bispo negro chegasse para saciar a sua fúria infernal fazendo da Dama um mero objeto catatônico...Esse foi apenas o começo do fim que fez sucumbir a pequenina gleba de terras do Sr. KKKKKKKlaudeci.
Terminada a fábula obscena, voltemos à realidade. E a realidade parece estar favorável para o Sr. Lord Warrior, que neste pacato domingo francano fez fila no xadrez enquanto se deliciava ouvindo o coreto da praça (por sinal, beeeeeeeemmmm melhor que a dupla Evaicair e Dud's Chupinsky).
O problema é que a segunda vítima é alguém de quem esqueci o nome. Eu costumo fazer uma marquinha nova em minha marreta pra cada vítima nova que aparece, mas essa eu não vou contabilizar porque esqueci o nome...tudo bem, eu já tenho pouco espaço sobrando mesmo. Essa eu deixo pro santo...
Mas a terceira, derradeira e mais interessante vítima da noite foi nada mais, nada menos que o nosso Ilustre e catimbeiro Sr. Mauricim...Ahhh!!! Essa sim valeu a pena!
O nosso ilustre amigo resolveu, logo no começo do jogo, que deveria trocar as Damas. Ok, sem crise! Trocamos nossas Damas, contudo, o Sr. Mauricim Risadinha Infernal acabou sentido os efeitos de ter dobrado apenas e tão somente 3 peões por conta disso...hehehehe!
Enquanto isso, no lado brilhante da Terra, os peões de Lord Warrior mantiveram-se intactos e resistentes durante toda a partida, formando uma barreira de proteção intransponível!
Prova disso é que quando o Sr. Mauricim Risadinha Infernal resolveu aventurar-se, buscando romper minha barreira invencível, acabou perdendo o seu bispo branco. E assim, a risadinha dele acabou antes de começar...Já a minha, bem, ela ainda permanece hehehehehehhe...

Excelentíssimo Sr. Lord Fodástico Ultra Mega Blaster Hyper Super Rafinha Warrior

PS: achei muito engraçado o Sr. Dud's chupinsky dizer que ultimamente havíamos escrito apenas lixo por aqui...Acho engraçado porque quando ele ganha no xadrez (raras vezes, por sinal) ele chega aqui e escreve as mesmas coisas que nós, mas não diz que é lixo hehehehe...sei, sei...)

quinta-feira, 5 de maio de 2011

UM JOGO DE MUITAS OPÇÕES

Mauricin e Saimov disputaram mais uma partida nessa quinta, dia 5 de Maio. Como demonstra a foto, foi um jogo de muitas opções para Mauricin, que jogou com as tradicionais peças negras. Teve muitas escolhas. Pode escolher tomar mate com P3T, P3B, D3B...
Após uma abertura digna de um babuíno da bunda dourada, o dono da risadinha mais famosa da praça viu seu centro atacado por uma verdadeira blitzkrieg. Em poucos lances perdeu torre, dama, peões, até chegar á fatídica situação.
Foi uma pena para os fãs da risadinha, saíram frustrados com apenas uma coçadinha de bigode, digna de quem mal entendeu de onde veio a porrada.


Saimov

Pensem nos alemães...


               Uma noite dessas estive conversando com o amigo Saimov sobre os 'alemães'
           Os Alemães são mesmo um povo estranho; ao menos para mim! Todo um verniz de civilização, asseio e requinte cultural de fachada que constituem o “ponto alto” do caráter nacional alemão e encobrem, aos olhares desavisados, o lado negativo ou o “ponto baixo” que toda personalidade, identidade e nacionalidade possuem, segundo afirma o mais destacado investigador da psique humana, Sigmund Freud, cientista austríaco falante do idioma alemão.
              Este mesmo ‘asseado’ povo, como se sabe, nada tem de imaculado. Aliás, como todo o ser humano, todas as sociedades  possuem seu lado obscuro. Mas os alemães, em particular, foram os responsáveis diretos pela maior ‘assepsia’  étnica da história, o genocídio de seis milhões e meio de indivíduos do povo judeu.Os Alemães sozinhos foram os causadores, apenas no século vinte, de uma mortandade provavelmente maior  que as façanhas somadas de Alexandre Magno, Aníbal, Átila, Calígula, Genghis Kahn,  Julio César e Napoleão juntos. E pense que a ação mortífera  conjunta destes figurões levou séculos para se consumar!
              Os alemães, um magnífico e ordeiro povo, só não escravizaram todo o resto da “degradada” espécie humana porque foram detidos à tempo e derrotados por uma coalizão composta pelos países mais poderosos do mundo (depois da Alemanha, é claro), numa guerra tão  horripilante que  sombreou para sempre, em virtude dos rios de sangue que esvaíram da juventude, a fé no progresso  da civilização e na racionalidade humana. Imaginem o que seria do mundo hoje tivessem os eficientes e organizados germânicos  vencido a Segunda Guerra Mundial! Catástrofelogia premonitória comparativa, um interessante exercício mental! O perdão é divino! Sabemos. Concordamos e o praticamo-lo na medida em que nossa natureza humana nos  permite. Mas não podemos mais recair na ingênua apreciação acrítica das ‘aparências’. Se existe no mundo uma ‘consciência nacional pesada’, essa consciência deve ser  a consciência alemã. As atrocidades e perversidades cometidas pelo regime nazista não teriam ocorrido sem a conivência do povo alemão.
                 -“Mas foi outra geração!”, dizem! Isto também é correto! Mas por que, pergunta-se, temos de continuar pagando tributos laudatórios em forma de elogios, encômios e apologias aos povos do capitalismo central, entre eles os alemães? Povos que com toda a sua riqueza, produtividade, eficiência, avanço tecnológico e social, não aprenderam  ainda a viver da forma alegre e descontraída  dos brasileiros... Eles é que aprendam conosco! As únicas guerras justificáveis são as guerras defensivas, e os alemães não se envolveram neste tipo de guerra, mas na guerra ofensiva, na guerra de conquista e na guerra de extermínio. Deste ponto de vista, eles não têm nem mesmo o álibi das conjunturas geopolíticas desfavoráveis para escusá-los. Culpa, ressentimento, frustração, vícios, complexos, neuroses  e manias estão no “ponto baixo” dos elementos constituintes do caráter nacional alemão, assim como no caráter dos indivíduos, em maior ou menor grau.  Não os invejemos!  Vivamos a plenitude de nossa tropicalidade, de nossa liberdade e de nossa adolescência civilizacional, e deixemos os Alemães com suas próprias chagas. Preocupemo-nos com nossas próprias feridas, desigualdades, violências e pobrezas, que já se tornaram crônicas e seculares, mas não incuráveis! 
   O mundo germânico nos deu Einstein, Freud, Heidegger, Marx, Thomas Mann, Husserl, Max Weber, Goethe, Wittgenstein, Horkheimer, Jurgen Habermas, Kant, Schopenhauer, Erich Fromm, Hannah Arendt, Walter Benjamin, Theodor Adorno e outros. Todos pensadores austríacos e alemães admiráveis. Nas artes e na música, também é inegável o talento, gênio e a contribuição dos germânicos à humanidade. Estão aí para provar as obras de Schutz, Telemann, Beethoven, Mozart, Brahms, Haydn, Haendel, Schubert, Schumann, Mendelssohn, Gustav Mahler, Hans Henze, Stockhausen, Richard Wagner, Anton Bruckner, Anton Von Webern, Alban Berg, Arnol Schoenberg, Paul Hindemith  e Bach, o eterno, além de outros nos enchem de encanto musical. Mas infelizmente também brotou daquela terra Adolf Hitler, Goebbels, Himmler, Hermann Göring, Josef  Mengele,  Adolf Eichmann e Ilse Koch, a “cadela de Buchenwald”.

domingo, 1 de maio de 2011

Risadinha Maldosa

Atendendo a pedidos, apresento-lhes a risadinha maldosa do Mauricinho. 


Sem comentários

O CASAMENTO SEMIÓTICO

A semana passada foi marcada por um evento de proporções mundiais: o casamento real entre o Príncipe William e a Princesa Kate, da Inglaterra.
A família real britânica mantém-se assim coesa e unida em torno da tradição e da certeza de uma descendência que perpetuará a linhagem real.
Mas a grande vedete do casamento não é a cerimônia em si, tão pouco o que ela representa, como rito legitimador das relações sexuais entre marido e mulher e garantidor da validade eclesiástica da união sagrada do matrimônio.
O grande símbolo que tangencia sutilmente todas as rebuscadas e pomposas circunstâncias daquela cerimônia de 12 milhões de libras não é nenhuma pessoa, nenhum cônjuge, nenhum padre anglicano ou chefe de Estado ou de Governo, mas sim o vestido de noiva usado pela Princesa Kate.
O tal vestido é mais que um mero vestido. Trata-se de um símbolo de importância ímpar na vida das mulheres. Há quem diga que elas gostariam de repetir seu casamento todos os anos apenas para usar novamente seus vestidos de noiva.
Mas, afinal, o que ele representa? Por que é tão importante o vestido de noiva para o universo feminino?
Michel Foucault em seu História da Sexualidade: a vontade de saber, vol. 1, fala sobre dois paradigmas sexuais do gênero humano: a virilidade e força, dadas ao gênero masculino, e a pureza e virtude, guardadas pelo gênero feminino.
Tudo o que os homens buscam no sexo oposto é nada mais do que esta pureza transmutada em um sem número de variações recatadas que a mulher deve aprender desde muito jovem, para só então adentrar ao universo mirabolante da sedução.
O vestido de noiva é a peça que faltava, dada como prêmio à mulher que honrou suas obrigações femininas e guardou a integridade de seu corpo para a tão sonhada e esperada entrega nupcial.
Nesse sentido, o vestido de noiva é elemento certificador da pureza feminina, daí o uso esmagadoramente preferido da cor branca, símbolo natural de tudo aquilo que é elevado, puro e espiritual.
Contudo, dizer que o vestido denota tão somente essa perspectiva sexual é muito pouco para tentar explicar o tão complexo sistema de pensamento do universo feminino.
Não poucas vezes, fui surpreendido quando algumas garotas me disseram que o real motivo delas se maquiarem, mudar o corte de cabelo ou lançarem-se dentro das apertadas medidas de vestidos e calças sensuais não era propriamente para atrair a atenção dos homens, mas sim das próprias mulheres. Isso se dá, segundo elas mesmas, pelo fato de os homens não darem a menor importância para o novo corte de cabelo ou para a roupa diferente. O universo masculino se prende a outros atributos, mais diretos e racionais, sem tantos devaneios como aqueles pretendidos pelas mulheres.
Daí, então, as mulheres desejarem se mostrar não para os homens, mas para elas mesmas. Trata-se aí da mais alta expressão caracterizadora da vaidade feminina, tão intrínseca aos seus olhares multifocais.
Lançando mão dessa circunstância expressa pelas próprias mulheres é que digo ser o vestido de noiva também um símbolo servindo ao propósito de aviso da noiva para as demais representantes do sexo feminino ali presentes.
Naquele momento suntuoso do casamento, a noiva e seu vestido formam um par mais importante que os cônjuges tomados propriamente. Naquele momento, a simbiose entre mulher e vestido remete todas as demais mulheres ali presentes a um degrau mais abaixo da noiva. É o momento máximo do desejo narcísico feminino, por onde a mulher acredita ter chegado ao ápice de sua beleza, devendo ser coroada pelos olhares invejosos e vaidosos das demais.  
O vestido não teria razão de ser se não pudesse ser visto pelos demais, daí a razão da noiva caminhar pelas naves da igreja até chegar ao noivo que a espera no altar.
Neste trajeto guiado à força do combustível da vaidade, todos os olhares se voltam para aquela que deveria ser a mais bela e elegante, a única, superior e cândida noiva, alvo dos comentários e da inveja das demais.
Os homens, como se é de esperar costumam desprezar o vestido propriamente dito, remetendo seus olhares de forma direta e sem devaneios a um possível decote ou às curvas femininas em evidência.
Mas as mulheres criam em suas psiquês inúmeras variantes de desejo. Desde a vontade explícita de diminuírem a beleza da noiva por mera inveja e ressentimento até a declarada vontade de tomar o seu lugar até iludirem-se, percorrendo o caminho nupcial como se noiva fossem até atingirem o tão sonhado e aclamado lugar do coroamento por sua beleza legitimamente reconhecida.
Assim, o casamento real fez tanto sucesso porque denota o sonho de grande parte das mulheres. É a simbologia perfeita, porque estão diante daquela que se tornou princesa. O vestido da noiva serve, neste casamento em especial, ao propósito de coroá-la para toda a eternidade como princesa e não apenas por uma noite.
Dessa forma, os olhares femininos pelo mundo todo se voltaram para a Inglaterra nesta semana, buscando medir cada palmo e cada costura daquele vestido de noiva tão especial, como se medissem na verdade a intensidade com que viveriam aquele momento no lugar da Princesa Kate, pois cada uma sabe o quanto seria melhor princesa do que ela.  

Rafael Guerreiro