quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Programas oficiais de incentivo, oferecido aos enxadristas do “Banquinho do Xadrez"

1.     1.  Programa “Poupa Tempo”: sua finalidade é óbvia. Veja, se a desvantagem material é enorme e definitiva, ou o mate é iminente, então poupe seu tempo e o dos outros aderindo ao programa e abandonando voluntariamente o jogo. A vantagem adicional é evitar o vexame catastrófico que se avulta.
2.      2.  Programa “Conciliação”: sua finalidade é fazer com que jogadores desencorajados,  e sem o instinto kamikaze para se lançar ao ataque por temor de que o tiro saia pela culatra, proponham empate ao sujeito que esta na mesma situação do outro lado do tabuleiro. Uma saída elegante para quando o  impasse for enfadonho, indigno de se assistir e de mediocridade gritante.
3.      3.  Programa “Faça uma criança feliz, faça uma doação”: este programa, na verdade, é compulsório, e aplica-se quando o caboclo faz uma lambança das grandes, entregando de lambuja uma peça, e fazendo feliz com a doação o menininho adversário. Trocas desfavoráveis de material também contam como uma "variante" do programa. Ex: Dama por Torre; Torre por Peão; Bispo por Peão; Cavalo por Peão, etc.
4.      4.  Programa “Amizade sincera”: proposto pelo mui vilipendiado enxadrista Pedrinho Tortoise.O expert em questão sugere que o programa seja direcionado principalmente aos amigos que, ao perderem a partida por razões puramente enxadrísticas, admitam-no sinceramente, ao invés de colocarem a culpa do resultado em fatores "extra-cálculo enxadrístico",  como por exemplo: o demorado raciocínio do adversário;  o clima instável da cidade; as formas curvilíneas das francanas que desfilam pelo calçadão;   as doenças crônicas não debilitantes ou mesmo debilitantes que só são comunicadas após a derrota; o fumacê fedorento dos tabagistas; os barulhos ou ruídos com decibéis em níveis perfeitamente aceitáveis; a cantoria desafinada do Dud's e do Vair;; a gozação ininterrupta do Déd's;  o estarrecimento psicológico causado por catástofres e atentados ocorridos no outro lado do planeta;  as dores de cabeça súbitas e mal explicadas; os romances mal resolvidos que deixam o caboclo caidáço; as ressacas; a iluminação inadequada; o abatimento causado pela morte de parentes desconhecidos; a aparência sinistra, bisonha e repugnante dos adversários;  os comentários e palpites da galera da Central Permanente da Copa, o fato do tabuleiro ser de propriedade do vencedor, e etc. Enfim, pede-se que deixem de apontar os fatores extra-tabuleiro diversos, que todos sabem, mas ninguém comenta, não interferiram de modo algum no fracassado resultado do infeliz queixoso. Afinal, "quem move as peças no tabuleiro são os jogadores, e só eles são responsáveis pelas conseqüências destes".(Savielly Tartakower).
5.       5. Programa “Pensem nas criancinhas!!”: a adesão é voluntária e apela ao senso de caridade e compaixão dos enxadristas membros do grupo. Foi criado pela "central de providências" do grupo (seja lá o que for isso...) e é direcionado ao  "bem-estar" das "criancinhas" enxadristas do calçadão. É quase um serviço social ou um conselho tutelar enxadrístico. Configura-se quando se deixa vencer um ou mais amigos que se encontram em lastimável estado melancólico ou amargurado; ou em deplorável pindaíba financeira; ou na fossa; ou os que foram traídoscorneados recentemente e/ou constantemente; os que estão deprimidos ou/e em crise existencial; os convalescentes de doenças psicossomáticas;  ou os que simplesmente estão “pra baixo”, e que precisam dessa "força” (colher de chá) pra sair do negro túnel da depressão pós-moderna. É necessário discernir os realmente necessitados dos "falsos decaídos", mas os critérios são tão relativos quanto as interpretações críticas poéticas... Apenas almas “elevadas” e angelicais, como a do enxadrista Klaus Célsius e a do Dud’s Tozinsky são capazes de tamanho desapego... Vê-se o programa aplicado quando, por exemplo,  Klaus Célsius esta com pressa e deita o rei, deixando bem claro que sua vitória estava garantida não fosse sua desistência; ou quando  Dud’s Tozinsky deixa o “Racional Superior” (vulgo “Evaircair”) ganhar, simplesmente para não perder um amigo... Uma nobre ação, um  ato cristão que pode salvar a noite de um enxadrista combalido pelas mazelas da vida. Não esperem tal desprendimento supra-humano de enxadristas materialistas como Rafinha  "VIP" Carpa Mansa, Déd's "Khan"Rafa "Físico", Léozinho "Psycho Killer", Célsão Kinder, Uédson "Bixííím"(Édião), Leila "Cabra Macho", Tiaguinho MTVPedrinho "Tortoise", Fernandinho "Físico",  Profº Maurilão "Karamazov", Mauricín "Karamazov", Zappa Zaparolli"Monsignore" Manoel, Fabiano "Bibí" Palhacín, Ebola Víruslento, Saimov Kasparento, Alexandre Magnopirol, Carlinhos "Barba-Negra",  Ivair "Racional Superior", Bandana, Luquinha "Vôo cego", "Night", Marcelo "Rafa's Brother", Américo, Aquilles "Aquilo", Maurão "Vovô", "Seu" Lélio, Danilo, Sérjão, Japa "Cavalin Loco", Slovick, Berbél, Matheus, Vandré "Gafanhoto", Rodrigo "Carteiro", Rodrigo "Matemático"Renatinho "Mate-Aqui", Alex Miguelópolis, Zé Maria Miguelópolis, e demais colaboradores. Esse pessoal aí é cruel...
6.      6.   Programa "Desça da Gilette, Capivara!": no melhor espírito democrático, um projeto que visa desestimular os candidatos a "parafuso" no banquinho do xadrez. Como no mundo político, com seus ditadores vitalícios do tipo  Muammar al-Kadafi, Stalin, Pol Pot, Hosni Mubarak, Kim II Sung, Kim Jong II, Sadan, Putin, Papa Doc, Baby Doc, Fidél, Idi Amin Dada, Mao Tsetung  e congêneres[1], nenhum dos "tiranos do banquinho" adere voluntariamente ao programa, visto que este busca "socializar" o assento ("trono"), afastando do "poder" os déspotas,  para que todos possam ter a oportunidade de derrotar e vexar o Mauricín Karamazov. O problema é que, com o tempo, o próprio Mauricín Karamazov se tornou a mimese, o exemplo e o paradigma mais ilustrativo do "enxadrista ditador parafusado no banquinho". Um caso sócio-patológico-enxadrístico extremo!! 
           Forte inclinação à aparafusamento também se manifestam no "Racional Superior", no Carlinhos "Barba-Negra", no Uédson "Bixííím" no Profº Maurilão Karamazov, no "Slovick", no "Seu” Lélio, no Bibí "Palhacín", no Pedrinho Tortoise, no Déd's Khan e no Célsão Kinder; em menor gravidade no Klaus Célsius, no Ebola Viruslento, no Saimov Kasparento, no Luquinha "Tiro no escuro", no Rafinha "VIP" Carpa Mansa, no Serjão, no Léozinho "Psycho Killer", no Dud's Tozinsky, e demais capivaras.
      A idéia informal é criar um esforço coletivo, empreendido pelos já derrotados e pelos "aguardantes" (no caso do Vair, 'aguardente') em forma de "torcida", para ajudar o candidato ao papel de "chave de fenda" a desparafusar o pequeno tirano do tabuleiro que não quer deixar o poder!!
    
*Palavras de sabedoria: "O poder, como o THC, sempre sobe à cabeça." (Dud's).  


[1] Ver: Mundo Contemporâneo. Editora Terceiro Milênio.2007.

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8 comentários:

  1. Vocês são uns abusados!!!!!!
    Sempre arrumando um apelido diferente pro Rafinha Cápa-Anta!!!!

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  2. Cápa-Anta!!! Rsrsrsr...., esse não é de minha autoria! Mas o deboche é de alto-nível, assim como o o próprio Rafinha VIP Cáta- Anta!Muito boa!!

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  3. Esse últimos programa foi feito recentemente...
    deveria ser entalhado nas costas do pedrinho!!!

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  4. Como assim Srº Roberto? Por que o Srº é negro quer entalhar "coisas" nas costas dos branquinhos?? Preconceito também? Quer marcá-lo? É isso? O rapaz parece gente muito boa, "de família" Rsrsr

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  5. Na verdade, Cápa-Anta é minha contrubuição ao rol de apelidos destinados ao nosso ilustre amigo, Rafinha "VIP" Carapaça-Branca!!!!!!

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