sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

                          
COOPERATIVA POÉTICA S/A

Esses serão versos socialistas.
O primeiro, dos poemas coletivos.
- Não a arte privada!
- Poetas do mundo, uni-vos!

Aqui não há “mais-valinhas”.
São todos poetas proprietários.
Cada qual usando oito linhas...
São poetas-operários.

Camões será superado.
Esquecidas Ilíada e Odisséia....
Quando transcrevermos O Capital,
Em forma de epopéia.

Eis o primeiro manifesto,
Da primeira Internacional Literária.
- Todo poder ao soviet dos poetas!
- Nasce aqui a arte libertária.

Já passam de dez linhas,
Trilhei só penoso caminho.
Mas em nome da eficiência produtiva,
Serei poeta socialista sozinho.


Saymon de Oliveira Justo


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