quarta-feira, 30 de março de 2011

HISTÓRIA DO BANQUINHO DO XADREZ

                           AS ORIGENS
De acordo com uma antiga lenda, o Banquinho do Xadrez remete suas origens ao próprio deus Marte Karamázov. Enquanto Remo M. Karamázov foi colocado no rio Tibre para ser salvo da ira de Amúlio (seja lá quem tenha sido este fulano!), um segundo filho de Réia Silvia Karamázov com o deus mítico, Rômulo M. D. Karamázov, uma criatura bisonha nascida com um prematuro e anormal bigode grisalho, que vomitava nas babás e amas-secas com uma risadinha infanto-diabólica debochada, foi deixado no Córrego dos Bagres, entregue ao "deus Dará". Essa criatura, de acordo com a lenda, foi encontrada e criada por capivaras que habitavam a região do clube Castelinho. Assim, a criança "vingou", cresceu e, inspirada agora pelo deus Hephaistíon (deus do trabalho suave), cumpriu a missão de fundar a cidadela do xadrez.
Algumas lacunas deste épico podem ser preenchidas por relatos colhidos sob os métodos da história oral. Ambos, Rômulo M. D. Karamázov  e Remo M. T. Karamázov, foram alimentados diretamente pelas capivaras selvagens; animal símbolo dos enxadristas do Banquinho do Xadrez.



Acima: Rômulo Mauricín Delfos Karamázov e Remo Mau Teacher Karamázov, lendários fundadores do Banquinho do Xadrez. Nesta época remota os menininhos ainda não sabiam distinguir uma loba de uma mulher, ou uma capivara. Mas farejavam de longe uma teta, por isso a gula explícita pela vitória, pecado que carregam desde então em tempo integral.

Abaixo: alguns instantâneos de Bibí Palhacín Killer, outro "Father Founding" do Banquinho do Xadrez.

Aqui temos Bibí Palhacín Killer, bem-humorado, após uma vitória contra seu arquiinimigo de nascença, Mau Karamázov.

Já aqui, temos o mesmo Bibí Palhacín Killer, irritado, após uma derrota contra Tozinsky, que ousou, com arrogância, dar nota Z ao último lance de Palhacín
O "humilde" Tozinsky quase perdeu a vida nesta ocasião.
Seja sincero. Você contrataria este "animador de festas" para seu aniversário?

Essa é a lenda, porém. Em 2008, foi encontrada farta documentação (cartas, bilhetes, fotografias...) referente à Franca do século XIX. Esse acervo nos permitiu reconstruir os pormenores da verdadeira História dessa importante “instituição”: o Banquinho do Xadrez.
Assim, sabemos que em meados do século XIX o local era ponto de descanso de pastores de capivaras. Mauricius Karamazov I e seu servo levavam as capivaras de onde é hoje o Castelinho para o atual bairro da Santa Cruz. Entre um descanso e outro, enquanto assistiam os bichinhos pastarem, divertiam-se em longas partidas de xadrez. De acordo com os registros era um costume entre esses pastores chamarem as capivaras com uma risadinha satânica e estridente.
Dez anos depois apareceu naquelas paragens um refugiado do Japão, que escapou por pouco de ser decapitado após ter relações sexuais com a mulher de um chefe Samurai. Celsus Kinder Lama logo travou amizade com o Karamazov e tornou-se seu discípulo. Enquanto aprendia as artes do xadrez tentava converter o incrédulo amigo ao budismo.
Tudo transcorreu em paz até 1900, quando se mudaram para os arrabaldes a família Warrior e os Tozinskys. Os Warriors era uma tradicional família de altos magistrados católicos que fugiram da Inglaterra por perseguições religiosas. Já os Tozinskys eram anarquistas russos fugidos da Okhrana (polícia política czarista).
Os Tozinskys recusavam-se a respeitarem os limites da cerca dos Warriors, que por sua vez nutriam uma “natural” aversão pelo ateísmo e “maus modos” dos vizinhos. O desentendimento quase chegou as vias de fato quando o patriarca Tozinsky derrubou a cerca de arame farpado que separava as duas propriedades. A tragédia só não se consumou pela intervenção do mestre Celsus Kinder, que convidou ambos a levarem as desavenças para o tabuleiro.
Tudo corria a contento até o dia em que o cachorro dos Tozinsky, um vira-lata russo chamado Pulgarov, morto de fome que estava, destroçou o tabuleiro e engoliu as peças do xadrez.
Algumas semanas tediosas se passaram até que chegou ao local um comerciante judeu-alemão, Klaus Von Celsius. Trazendo todo tipo de mercadoria d’além mar, entre um causo e outro Klaus apresentou uns tabuleiros de plástico dizendo serem relíquias da casa dos Habsburgo. Apesar da origem suspeita (na caixa estava escrito: juego de ajedrez), o fato é que os tabuleiros inauguraram uma nova Era no Banquinho do Xadrez.
Outros documentos ainda estão sendo estudados e logo esperamos publicar os próximos capítulos dessa História.
  PULGAROV: que recusou o convite para ser mascote do clube Banquinho do Xadrez, alegando problemas pessoais (toxicomanias em geral, e ameaça de prisão, carrocinha ou canil  por abandono de famílias e pensões alimentícias atrasadas!)
    Primórdios do Banquinho do Xadrez. Membros reunidos para a foto de formatura.




By: Saimov Hobsbawm
Colaboração: Dud's Deutscher

11 comentários:

  1. Devagar melhoramos "piorando" o texto!

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  2. Muito bom a foto do Bibi!!!
    Agora falta o capítulo sobre a nova geração. Ebola, Aquiles, Saimov...

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  3. Gradualmente todos serão devidamente esculachados! Rsrsr...Ou esculhambar-nos-ão!!

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  4. Controvérsias e polêmicas!!

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  5. Não desista Pulgarov!Torcemos por você!

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  6. Agora ficou bonito mesmo! Congratulações a vocês.Carla. V.E.M.

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  7. Quando teremos a História dos outros membros?

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  8. Pesquisa séria leva tempo!

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  9. Como estudante de História na UWTF, esse artigo muito me ajudou na minha dissertação de mestrado sobre "A História da Família Karamazov e sua influência no Enxadrismo Moderno". Gostaria de parabenizar os Srs. Saimov Hobsbawm e Dud's Deutscher pela excelente explanação.

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  10. Sensacional este artigo. Estou chegando para esculhambar também... rsrsrs... Detalhe - Lama é do Tibet. Sou descendentes da linhagem dos Bodhisattvas Mahayana do Sutra de Lótus. Celsus Kinder Bodhi ou Mahasattva... Parabéns pela apresentação do Histórico. Ressalto que detenho muitos documentos para a apresentação do Banquinho através dos tempos. Grande abraço!!!
    Nam-Myoho-Rengue-Kyo

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