terça-feira, 8 de março de 2011

Terça-feira de cinzas para o trio Mauricín, Celinho e Rafinha "Carpa mansa"


With the lights out its less dangerous
Here we are now entertain us
I feel stupid, and contagious
Here we are now entertain us
A mulatto, an albino, a mosquito
My libido! Yeah!”
 (Kurt Cobain, Nirvana)

A noite do dia 7 de março, 2ª-feira de Carnaval, instigou mesmo os instintos carnais e bizarros dos foliões e fanfarrões do “Banquinho do Xadrez”. Em visita planejada ao “Sallon” de snooker do Miguelzinho (visita com cheiro de complô, e/ou cocô, em vista das armações e das cagadas que ali se viram), o clã dos Marangoni, representado por Celinho Krueger e Pedrinho Tortoise, uniu-se ao clã dos Mendes, representado pelo inveterado em vários maus-hábitos (em geral devassos), Mauricín Karamazov, para arrancarem o couro do desavisado  São Dud’s Tozisnky Sinatra. Mas a noite foi de sorte e maná dos céus para Tozinsky, que teve desempenho excepcionalmente bom, auxiliado pelo amigo Pedrinho Tortoise, que se rebelou contra a ditadura patriarcal e as minguadas mesadas de Celinho Krueger, unindo então suas energias e potencial ao esforço de Tozinsky contra as mafiosas e tirânicas forças dos chefões patrícios. Ambos, Tozinsky e Tortoise, foram indiretamente auxiliados por suas amigas, comparsas, amantes e ex-namoradas, beldades curvilíneas belíssimas que, chamadas com urgência ao evento, vieram disfarçadas de namoradas e acompanhantes de terceiros e lotaram o Sallon, colaborando com Tozinsky e Tortoise para distrair a atenção dos fominhas berlusconianos Celinho e Mauricín, que passaram a babar ao invés de jogar, facilitando o trabalho da dupla ficha limpa, que acabou ganhando sete das oito partidas jogadas. 
   Mas o evento também foi marcado por cenas grotescas. No auge do desespero e já ébrios, Mauricín e Celinho iniciaram um ultrajante e vexatório troca-troca de tacos, com seus braços e mãos entrelaçados uns aos do outro, roçando-se  reciprocamente em público, numa decadente e luxuriosa atitude, digna do Imperador Romano Heliogábalo (203-222 DC), e tão ardorosos quanto os amantes da música de Roberto Carlos, que por coincidência, ou não, seria homenageado pela escola da samba "Beija Flor de Nilópolis", do Rio, naquela mesma noite. É possível que o evento carnavalesco tenha mesmo inspirado os "cônjuges" em conluio.
       Outra ocorrência  interessante e suspeita em toda a trama foi a chegada inusitada do instruído em leis e artimanhas “Rafinha Carpa Mansa”. Visivelmente embriagado (o que  não constitui novidade), o agente advocatício, possivelmente “comprado” pelos patriarcas do “Clãs Unidos”, chegou alterando toda a semântica discursiva do já tenso embate, usando seu famigerado jargão jurisdicional para se referir a leis, regras, normas, precedentes, punições e penalidades, ameaçando e contestando a legitimidade das jogadas da dupla perfeita Tozinsky/Tortoise, chegando ao cúmulo de incomodar o próprio Miguelzinho por ninharias normativas (coisa típica de bacharéis novatos e inseguros),  acreditando com isso insuflar medo e receio nos destemidos vencedores, conhecedores das únicas leis não arbitrárias do jogo de sinuca, as leis da física! O tagarela e mandatário jurisconsulto, ao ser intimado a transmutar em jogadas “legais” e reais sua cacofonia jurídica, nada fez na mesa de bilhar que auxiliasse o “Clãs Unidos” a reverter sua crítica situação. E deste modo saíram os três: derrotados, embriagados e frustrados, tão abatidos a ponto de serem incapazes  de repararem nas piscadelas e selinhos aéreos ininterruptos que as garotas no salão enviavam aos vencedores bonitões!! Uma noite memorável para a dupla Tozinsky/ Tortoise; mais uma noite indecorosa ao trio Rafinha, Mauricín e Celinho. As fotos foram tiradas pelo sempre imparcial Saimov Kasparento, presente no recinto, ausente do jogo (para o bem de todos), e testemunha infiel dos fatos narrados.

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