segunda-feira, 11 de julho de 2011

Breve ensaio sobre nosso Universo.

   A matéria dentro do espaço se organiza por leis próprias, leis inerentes a sua constituição e leis que regem o ambiente espacial do Cosmo. Matéria, espaço, distancia, velocidade, gravidade, massa, energia, luz, calor, frio, radiações, magnetismo, eletricidade, partículas, ondas, compostos químicos os mais diversos, interações físicas e químicas, matéria em movimento, matéria em colisão, fluxos e ciclos de energia, processos de fusão e fissão nuclear, pressões e explosões, acúmulos de matéria em compressão, descargas energéticas, ejeções e projeções de matéria e energia, atração e repulsão, cristalizações e estruturações, consolidações e desintegrações; expansões e contrações, enrijecimento e amolecimento, arrefecimento e deslocamentos, impactos e absorções, assimilações e reações, ondas e propagações, degradações e recomposições, conexões e desconexões, atritos, acoplamentos e engates, ajustes, órbitas e colapsos, condensações e vaporizações, derretimentos e aglutinações, estabilizações e desestabilizações, submersões, afloramentos, sedimentações, emersões e mutações. Inércia e empuxos; desequilíbrios e equilíbrios, sintonizações e replicações.
   Tudo se misturando num processo dinâmico e ininterrupto, dentro do cone de luz em expansão do Big Bang, pode ter dado origem à vida. Mas uma nova linguagem esta sendo desenvolvida para arcar com os episódios e eventos no limiar da imaginação e dos cálculos físicos mais avançados. Uma linguagem que forneça um meio de se conceber, por exemplo, a tempestuosidade mais acerba da região mais tempestuosa do Universo. Uma linguagem que discuta em termos compreensíveis a compressão mais comprimida da mais densa matéria concentrada. Que nos dê idéia do mais ínfimo espaço intersticial da mais infinitesimal subpartícula e de seus arredores. Que nos esclareça sobre a mais energética potência calculada ou encontrada pelos telescópios. Que nos fale claramente do movimento instantâneo das subpartículas e de suas localizações no espaço/tempo.
   Precisamos dessa nova linguagem, não matemática, que dê conta de representar o mundo material em que vivemos em todas as suas instancias, as macrocósmicas e as microcósmicas, que nos esclareça sobre o abstrato e o invisível existente no substrato micro-infinitesimal do mundo quântico, o de hoje e o dos primórdios do Cosmos.
   Tudo o que ocorre no Cosmos pode ser explicado pelos elementos e leis que regem a interação entre estes elementos. Uma pergunta persiste: o que houve no universo primordial pode ser explicado por configurações e elementos que só vieram a existir após sua formação? Alguma situação crítica pré-existia e pré-dispunha à formação do Universo como hoje o conhecemos? O quê, enfim, teria determinado a explosão primordial?

Um comentário:

  1. Este ensaio não tem o perfil do Sr Saymon. Parece-me mais uma das "viajens" Tozinskyanas pelas abstrações pseudo teóricas.

    ResponderExcluir