terça-feira, 27 de setembro de 2011

O BÊBADO E O ENCAPIVARISTA

Uma paródia de música para uma paródia de partida. Pensei também em "O Bêbado e o Pseudo-Enxadrista", mas acho que o título representa bem o que aconteceu no "Banquinho do Xadrez" nessa noite de terça.
 Rafinha Bata Branca e Evaicair se enfrentaram pelo título de "Capivara Mor" e aos presentes no evento o que não faltou foi emoção. Evair, vale ressaltar, já havia estourado três bafômetros da PM e só com muito custo conseguiu colocar as pecinhas de pé para enfrentar seu adversário. Como Evair é parecido com carro a álcool e só fica bom após esquentar, Rafinha obteve significativa vantagem no início do match, porém, conforme o andar, melhor, cambalear do jogo, a coisa se inverteu drásticamente.
Lá pela metade da partida  a situação era tal que se Rafinha fechasse os olhos e movesse as peças ao acaso, ganharia; se colocássemos um chimpanzé da bunda dourada, desses que servem de cobaias em laboraório, mesmo que mexendo aleatóriamente, ele também ganharia. Todos comentaristas já davam por certa a derrota de Evair. Mas eis que veio um aviso do além prenunciando a tragédia Rafaeliana.
Mauricinho Karamazov, que já havia saído para pegar seu ônibus, tal qual uma avê de mau agouro voltou repentinamente com a desculpinha de que precisava de  0,15 centavos. Que nada! Capivara fareja capivarada de longe.
Em alguns lances a Central da Copa já apostava não mais em Rafinha, mas dava o empate como certo. Mais uma vez foram calados pela genialidade e criatividade de nossos enxadrístas. Não vale nem comentar, vejam as fotos da sequência Kasparoviana de lances feitos por Rafinha. E olha que ele chegou todo galudinho perguntando se eu havia perdido para postar no blog.

                                       Rafinha joga (se é que podemos usar esse termo) de pretas
                                Acho que podemos chamar essa jogada de "caminho para morte"
                                                ...ou alto suicídio de sí mesmo...
                                       Esse teria sido o fim se Rafinha não houvesse deitado o rei antes.

Méritos para Evair, que é brasileiro e não desiste nunca.

Um comentário:

  1. Estive presente na "cena" do regicídio e posso afirmar que foi uma das melhores partidas a que já assisti. Nosso "Racional Superior", vulgo "Ivair", esteve com a "iniciativa" do jogo desde o começo, e é claro que ter jogado com as brancas contribuiu para isso. Mas a coragem, o cálculo, a ousadia e velhacaria do "Racional" foram coisa fora do comum! O Rafa jogou bem e metodicamente como sempre, errou muito pouco, tentou reverter o jogo tomando a iniciativa com uma sequência de xeques, que pareceu a mim e a alguns outros espectadores, poderia ter lhe dado a vitória se não a tivesse interrompido subitamente! Chegou a ter um bispo e dois peões a mais que o "Racional". Incrivelmente permitiu que Racional entrasse com sua torre na sétima fileira, o que acabou por resultar na inacreditável perda de "todos" os peões das negras... A partir daí, poucas chances de vitória para qualquer dos lados. Mas eis que um espírito de capivara, tipo "poltergeist" se apossou de nosso amigo Rafa. As manifestações dessa possessão capivarônica são representas por movimentos esdrúxulos e desnorteados, e em se tratando de jogar com o "Racional", bastam um ou dois destes para a que “a casa caia”. E a do Rafa caiu com um estrondo que encheu o calçadão de gargalhadas e urros, pois ninguém acreditava que o já ébrio Ivair pudesse ganhar a tal partida! Dois erros em sequência levaram ao mate do rei negro, como comprovam as fotos. Eu já havia visto coisas estranhas e bizarras no Banquinho do Xadrez, mas essa foi memorável pela conjunção de fatores enigmáticos... Ainda estou tentando entender o que aconteceu naquele tabuleiro esta noite, mas admito que não cheguei a conclusões ou explicações que me satisfaçam!!
    Dúdis Tozinsky Capivarovsky Cobain.

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