Acelerador de partículas CERN 2. Suíça.
Algo pode,
simultaneamente, “ser” e “não ser”? Pode, contanto que se elimine o critério
convencional de “tempo” absoluto, pois este foi criado para medir a duração das coisas
no fluxo eterno do suceder; e para se identificar o que “é” e “não é”,
precisamos, ao exemplo do Bóson de Higgs, reter a essência de seu significado no
exato momento antes dele “sumir”, ou precisamente depois dele “aparecer”. O que "é" no instante seguinte "foi", em nenhum momento conseguindo, de fato, se estabelecer.
Evento Bóson de Higgs, imagem computadorizada.
Então este algo
pode, em concomitância, “estar” e “não estar”? Pode, com a condição de que não
se tome como perspectiva para sua determinação apenas um único lugar em um espaço absoluto.
Compreender o paradoxo exige empenho, e predisposição para as contra-alegações convincentemente
refutar; além de múltiplos observadores para fenômeno tão volátil captar. Nada existe de imóvel no espaço relativo; pois ele, assim como o tempo, perdeu seu antigo e estável estatuto.
Sub-partículas
Mas se o “tempo” é
pura convenção humana, o que se mede “há tempos” nos relógios e metrônomos
neste universo fenomenal? O ritmo, o
compasso e a cadência musical dos objetos em sua dança etérea no palco infinito
do teatro celestial. Uma melhor percepção se adquire quando se abandona a ideia
do tempo como uma corrente linear e fluvial.
Bicho tempo.
E a “velocidade”? Diz
mais a respeito da aceleração ou inércia relativa e vetorial das coisas; ou
sobre nossa impaciência com a imobilidade e morosidade? A reposta surgirá em nosso espelho gradualmente,
enquanto nossa pressa intensifica o desgaste físico e a rápida cascata fluida dos
eventos imprime em nossa face o sinal da idade.
Velocidade supersônica e a condensação de vapor durante o arranque.
O que pensar da “luz”,
em conclusão? É simplesmente o foco de claridade diária generosamente fornecida
pelo nosso Sol? Ou é este excêntrico emaranhado teórico do “quantum de fótons”,
tanto partícula quanto onda, que o físico Einstein sugeriu em prol e
substituição da pendente ideia da eletromagnética radiação? O tempo enfim nos dirá!
Claro está, afinal, que o “certo e o errado” não significam o mesmo que o “bem
e o mal”.
Luz solar sobre nuvens.
Dúdis
Tozinsky Cobain.
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