quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Da Física Moderna.

Da Física Moderna.
Acelerador de partículas CERN 2. Suíça.


   Algo pode, simultaneamente, “ser” e “não ser”? Pode, contanto que se elimine o critério convencional de “tempo” absoluto, pois este foi criado para medir a duração das coisas no fluxo eterno do suceder; e para se identificar o que “é” e “não é”, precisamos, ao exemplo do Bóson de Higgs, reter a essência de seu significado no exato momento antes dele “sumir”, ou precisamente depois dele “aparecer”. O que "é" no instante seguinte "foi", em nenhum momento conseguindo, de fato, se estabelecer. 
Evento Bóson de Higgs, imagem computadorizada.
     
   Então este algo pode, em concomitância, “estar” e “não estar”? Pode, com a condição de que não se tome como perspectiva para sua determinação apenas um único lugar em um espaço absoluto. Compreender o paradoxo exige empenho, e predisposição para as contra-alegações convincentemente refutar; além de múltiplos observadores para fenômeno tão volátil captar. Nada existe de imóvel no espaço relativo; pois ele, assim como o tempo, perdeu seu antigo e estável estatuto.
Sub-partículas

   Mas se o “tempo” é pura convenção humana, o que se mede “há tempos” nos relógios e metrônomos neste universo fenomenal?  O ritmo, o compasso e a cadência musical dos objetos em sua dança etérea no palco infinito do teatro celestial. Uma melhor percepção se adquire quando se abandona a ideia do tempo como uma corrente linear e fluvial.

 Bicho tempo.

    E a “velocidade”? Diz mais a respeito da aceleração ou inércia relativa e vetorial das coisas; ou sobre nossa impaciência com a imobilidade e morosidade?  A reposta surgirá em nosso espelho gradualmente, enquanto nossa pressa intensifica o desgaste físico e a rápida cascata fluida dos eventos  imprime em nossa face o sinal da idade.
Velocidade supersônica e a condensação de vapor durante o arranque.

     O que pensar da “luz”, em conclusão? É simplesmente o foco de claridade diária generosamente fornecida pelo nosso Sol? Ou é este excêntrico emaranhado teórico do “quantum de fótons”, tanto partícula quanto onda, que o físico Einstein sugeriu em prol e substituição da pendente ideia da eletromagnética radiação? O tempo enfim nos dirá! Claro está, afinal, que o “certo e o errado” não significam o mesmo que o “bem e o mal”.
Luz solar sobre nuvens.

Dúdis Tozinsky Cobain.

Nenhum comentário:

Postar um comentário