quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Comentário censurado pela VSB (Vigilância Saimoviana do Blog).

A questão não se resume à falta de afeto entre os homens, posto que isto existe aos montes pelos cantos já não tão escondidos! Poxa! Fui cínico novamente! Que a danação dos céus e das baixadas sinistras caia e suba contra mim, não tenho corrigenda... Oh, o fogo eterno que me aguarda!!
A questão não se resume também a falta do abstrato "amor", a chave teórica do jovem (?) revolucionário em seu opúsculo, já que o “amor”, um sentimento subjetivo, tem inumeráveis, díspares e contrastantes definições na tradição filosófica, na qual o jovem trotskista pretende-se inserido (cinismo presunçoso)¹ . O problema maior foi o dogmatismo, a soberba e o matiz "autoritário" com que o filósofo das massas francano apresentou, no Blog, sua suposta “brincadeirinha” com o Guerreiro. A mesma postura nojenta e prepotente de muitos estadistas do mortífero século XX. Como anônimo furioso que sou, odeio quando ouço algum mal-informado querendo apresentar de forma simplista e muito mal elaborada e confusa o trabalho teórico que Karl Marx e Engels dedicaram a vida inteira para definir, delimitar, clarear, desvendar e explicar(sarcasmo). É uma atitude caduca, não democrática, típica dos que acham tem "a" solução para o problema dos outros..., para os problemas do mundo! Isto é fruto de uma perspectiva encarcerada, como aquelas hérnias horrendas e esclerosadas à que todos estamos sujeitos. Portanto, combater estas atitudes e posturas com cinismo e fúria contida é o mínimo que se pode fazer antes que a péssima idéia se difunda ou seja acatada como messiânica.
Mas há uma solução para a deformada “visão de mundo” de “nosso” filósofo, que a esta altura já deve estar se perguntando que merda tinha na cabeça na hora em que postou aquele ultraje fascista as famílias brasileiras. Basta que ele inicie uma leitura, de mente aberta, dos críticos do marxismo ortodoxo o qual ele defende como “reposta definitiva a tudo de podre que há por aí” (cinismo). É difícil? Digo-lhe que é! Não nos agrada ouvir argumentos de peso contra aquilo que viemos acreditando no decorrer de determinado tempo. Isto exige “tolerância”, ou seja, dar ouvidos aos que discordam de nossa “visão prevalente”. Pense nisto como um desafio. Já o conheço (eu, Dúdis), já o vimos no calçadão com seus amigos de jogo várias vezes, e sabemos que é pessoa inteligente e altamente perspicaz, para além do comum. E veja: "misoneísmo" é o nome que se dá ao medo e aversão a tudo que é novo ou contém novidade... Portanto, não seja um misoneísta fossilizado por temor ao que pode "abalar" suas convicções! As convicções, querendo-se ou não, são postas à prova constantemente por vários meios e expedientes alheios a nossa vontade! Misoneísmo ideológico não é diferente de superstição religiosa!
Comece lendo os pós-marxistas europeus e norte-americanos não alinhados com os soviéticos. Pode ser por Claude Lévi-Strauss, Jean Paul Sartre, Louis Althusser, Cornelius Castoriadis, Claude Lefort, Antonio Gramsci, Karl Mannhein, Jürgen Habermas, Friedrich von Hayek, Martin Heidegger, Maurice Halbwachs, Marcel Mauss, Max Horkheimer, Jacques Lambert, Axel Honneth, Ulrich Beck, Teodor Adorno, Raymond Aron, Franz Boas, Gaston Bachelard, Jean Piaget, Paul Ricoeur, Michel de Certeau, Maurice Merleau-Ponty, Pierre Bourdieu, Herbert Marshall McLuhan, Edgar Morin, Jacques Lacan, Bertolt Brecht, Karl Jaspers, Gyorgy Lukács, Christopher Hill, Gilles Deleuze, Mário Bunge, Walter Lippmann, Hannah Arendt, Henri Bergson, Roland Barthes, Walter Benjamin, Michel Foucault, Nicos Poulantzas, Jacques Derrida, Júlia Kristeva, Pierre Macherey, René Balibar, Charles E, Winick, Herbert Marcuse, Friedrich Meinecke, Lucien Goldmann, István Mészáros, István Todorov, Ludwig Wittgenstein, Gunnar Myrdal, Thorstein Veblen, Éric Weil, Bertrand Russell, Gustave Le Bon, José Ortega y Gasset, Karl Polanyi, Karl Popper, Mircea Eliade, Edward Saïd, Erich Fromm, Melanie Klein, Margaret Mead, George Santayana, Umberto Eco, Edward Sapir, Sándor Ferenczi, Vilfredo Pareto, François Simiand, Georg Simmel, Oswald Spengler, Leo Strauss, Carl Schmitt, Hans Georg-Gadamer, Norbert Elias, Domenico de Masi, Alfred Radcliffe-Brown, Bronislaw Malinowski, Thomas Kuhn, Willard van Quine, Donald Davidson, Richard Rorty, Stanley Cavell, Hayden White, Arthur Danto, Northrop Frye, Hilary Putnam, Robert Nozick, Ernest Gellner, Pierre Teilhard de Chardin, Georges Gurvitch, Samuel Phillips Huntington, Carl J. Friedrich, Harold Laski, Lucien Lévy-Bruhl, Edward E. Evans-Pritchard, Jean Starobinsky, Jean Baudrillard, Michel Löwy, Terry Eagleton, Noam Chomsky, Harold Bloom, Mikhail Bakthin, Steven Pinker, Serge Moscovici, Daniel C. Dennet, Richard Dawkins, Isaac Asimov.
Leia também os clássicos Max Weber, Edmund Husserl, Ernst Cassirer, Eugen von Boehm-Bawerk, Joseph Schumpeter, Émile Durkheim, Isaac Deutscher, Carl Gustav Jung, Benedetto Croce, Sigmund Freud. A lista é imensa e citei estes nomes para ficarmos apenas nos mais conhecidos e de fácil acesso no Brasil. E por falar em Brasil, temos Caio Prado Júnior, Florestan Fernandes, Sérgio Buarque de Holanda, Adauto Novaes, Raimundo Faoro, José Murilo de Carvalho, Nicolau Sevcenko, Edgard De Decca, Fernando Novais,Miguel Reale,Leandro Konder, Bento Prado Jr.,Benedito Nunes, Oswaldo Porchat, José Arthur Giannotti, Carlos Nelson Coutinho, Nelson Werneck Sodré, Ruy Fausto, Paulo Arantes,Tércio Sampaio, Renato Janine, Carlos Guilherme Mota, Vianna Moog, Gilberto Freire, Marilena de Souza Chaui, Octavio Ianni, Gerd Bornheim, e muitos outros.
Garanto-lhe que estas leituras lhe abrirão horizontes novos, pouco explorados e interessantíssimos. Não são mistificadores irresponsáveis e alienados, ou replicadores robotizados do dogmatismo ortodoxo. Nem todos são sistematizadores geniais como Marx, mas todos têm algo a acrescentar com relação à filosofia política e crítica do século XIX, XX e XXI. Todos têm suas dívidas para com o marxismo e para com a obra de Marx. Muitos têm sólida formação marxista, muito maior e melhor que a sua. Não faz sentido ignorá-los à priori por puro preconceito ou arrogância. Eles, em sua maioria, não se fecharam em uma idéia fixa de materialismo histórico e dialético, na utopia da ditadura do proletariado, ou na do advento inevitável do comunismo. Eles lêem Marx dentro de seu contexto histórico, aproveitando suas ricas experiências de vida e pesquisas pessoais para ofertar contribuições valiosas para o pensamento crítico mundial.
Mas a opção é sua. Heterodoxia ou ortodoxia. Tolerância ou intolerância. Hermetismo, ostracismo ou obscurantismo. Ou claridade, aceitação e mansuetude. Todos optamos, e respondemos posteriormente por estas opções. Isto será sempre cobrado de você, que se coloca como um intelectual. Nada de errado nisso. Precisa-se de intelectuais. Há carência deles em nossa sociedade. Mas a ortodoxia e o dogmatismo à maneira do “sabe tudo”, aos quintos com eles!! Causaram milhões de mortes desde sua primeira aparição sobre a superfície do planeta. E sabe por quê? Justamente porque cria uma acirrada oposição, desune, desarmoniza, é egoísta, é tacanha, é mesquinha, é reificante, é falsificação, e é ignorante “in extremis”! E ocasionalmente leva os debatedores para o campo das acusações pessoais..., fazer o quê? Odiei quando propôs o "fim da família burguesa"! Foi algo estúpido, impensado, fascista, insensível e pior, hipócrita, pois és um mamador nas tetas do governo, como bem o sabemos, beneficiando-se de uma "superestrutura jurídica" que privilegia a classe da pequena burguesia, seu berço, ninho, morada e remanso.
Termino com a citação de um cara bem distante destes pensadores citados. Um artista morto aos 35 anos, chamado Layne Staley: “If you let yourself go and opened your mind, I’ll bet you’d be doing like me. And it ain’t so bad!” (“Junkhead”, Alice in Chains. Álbum CD: Dirt, 1992).

¹Ver: Abbagnano, N. Dicionário de Filosofia. Verbete “amor”. São Paulo: Editora Mestre Jou, 1970, pp, 36-47. Como se percebe, o conceituado filósofo italiano Nicola Abbagnano dedica dez páginas à discussão do termo; tão destratado e negligenciado por “nosso” revolucionário.
Postado por Dúdis e por um amigo que prefere ficar anônimo. Aproveito para alertar que estamos em vias de ter nossos direitos de postagens anônimas restringidos por um tipo de censura que se disfarça sob o " sistema saimoviano de lidar com as coisas burguesas!". Dúdis e Anônimo Barraqueiro.
*** Aguardamos ansiosamente seu metralhadora cheia de mágoas, acusações e justificativas, Srº Saimov. Não esperávamos por outra coisa de tí, pois sabemos o quanto é combativo e polemista. Mas garantimo-vos: és o menor de nossos problemas teóricos e pessoais.










2 comentários:

  1. Salve, Dúdis! Depois dessa vou encerrar minha demanda com o Saymon. Se ele ainda não se reformulou, então azar...rs!

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  2. Obrigado Guerreiro!. O Saymon ultrapassou certos limites e precisava ser "notificado" disto. Foi o que tentamos fazer. Admito que nem tudo o que foi escrito surgiu de meu teclado; mas a essência da divergência se mantém, e se parti para o lado pessoal, foi porque penso que é o que deve ser feito logo de início para com os pretensos Messias do artificializado século XXI. Dúdis

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