quarta-feira, 25 de abril de 2012
Epitáfio em homenagem ao Srº Lélio:
quarta-feira, 18 de abril de 2012
PRIMEIRO CONCURSO CULTURAL "BANQUINHO DO XADREZ - PRÊMIO O BIGODE DE OURO
Todos os frequentadores do querido e imundo "Banquinho do Xadrez" perceberam a decadência de Mauricinho Karamazov. Realmente não é mais o mesmo. De uma das principais potências da praça, nosso bom e velho bigode (mais velho que bom) se transformou em uma espécie de Guarani, ou seja, uma quarta ou quinta força nos tabuleiros. Até o adolescente Tiaguinho vem desbancando a velha Capivara.
Inclusive, a clássica risadinha irritante está se transformando em uma decadente tosse, fazendo com que ficasse conhecido, nos ultimos tempos, por Mauricinho - o tussígeno.
Apesar disso, reconhecendo a importância dessa lenda-viva para o Banquinho, nosso blog vem a publico prestar uma merecida e carinhosa homenagem ao amigo decadente.
Estão abertas as inscrições para o 1 CONCURSO CULTURAL DO BANQUINHO DO XADREZ.
Complete a frase: "O MAURICINHO NÃO É MAIS AQUELE...."
As frases mais criativas serão premiadas:
1 lugar: livro "Como vencer finais de peões", de Saimov Kasparento (obra autografada).
2 lugar: CD "Dud's Tozinsky In Concert" - Live Banquinho do Xadrez. Os maiores sucessos do Nirvana na inconfundível voz do Sinatra dos trópicos.
3 lugar: livro "Tardes estressantes", de Rafinha Bata Branca. Um contundente e comovente relato das peripécias e diligências do nosso Oficial de (in)Justiça.
4 lugar: livro "Xadrez Relâmpago", de Achilles Abreu e Pedrinho Tortoise.
5 lugar: livro "Pare de beber em 5 lições", de Evair Racional.
segunda-feira, 16 de abril de 2012
E AGORA JOSÉ?
E de repente, não mais que de repente, a Península Ibérica separa-se do continente europeu, transformando-se em uma imensa “Jangada de Pedra”. A morte para de exercer suas costumeiras atividades, deixando incomodados os capitalistas do ramo defuntístico e aflitos os entes que, vendo seus velhos não morrerem, anseiam pelo fim das “Intermitências da Morte”. Uma epidemia de “Cegueira” culmina com respeitáveis senhores cedendo o monopólio da vagina de suas esposas a terceiros, tudo em nome do pão de cada dia. Maria Madalena tem sua noite de amor com um esfarrapado homem de Nazaré, contrapondo aos sagrados dogmas o “Evangelho Segundo Jesus Cristo”. A família Mau-Tempo vê suas gerações serem consumidas pelo latifúndio em uma autoritária Portugal.
E agora José morreu...
Romancista, socialista, mordaz crítico social, e porque não filosofo? José Saramago foi antes de tudo um homem profundamente sensível frente às questões sociais de seu tempo. Fez de seus romances sua arma política e o fez com uma sensibilidade, graciosidade e profundidade inconfundíveis. Sua refinada ironia, sagaz percepção e lucidez analítica, forjaram uma obra literária de inquestionável excelência, que combina os talentos estilísticos mais caros aos herdeiros de Camões com uma intensa paixão pelas causas sociais.
Nascido em 1922, José Saramago passou pelo século como uma cometa em noite escura, iluminando e deixando atrás de si a marca indelével de sua passagem. Mergulhar nas intensas e por vezes áridas páginas de sua obra, por vezes é como fazer uma viagem à uma Portugal desconhecida de nós brasileiros, e por outras, parece com um “descer às profundezas da alma humana”, onde habitam nossos desejos, instintos e receios mais inconfessáveis.
E morreu o tal José...
terça-feira, 3 de abril de 2012
MAURICÍN KARAMAZOV VS DUD´S COBAIN SINATRA " - Houston!! - We have a trouble...!!"
Terça-feira, 03/04/2012. Um relato imparcial/esculachado dos eventos desta noite. "-Houston!! -We have a trouble...!"
A tarde deste
dia se transmutou gradualmente em uma noite fria e ventosa, o que sempre
reforça a sensação de frio das noites francanas. As frias noites de Franca "do Imperador (!??!)" são
proverbiais. Há uma lenda que diz que os tupis nativos da região já se
queixavam com os pioneiros e tropeiros analfabetos, cachaceiros, sujos, ambiciosos e inescrupulosos, da "fria
escuridão" do Sertão do Capim Mimoso, atual Planalto Francano, assim que chegava ao término o verão. Sabiam estes inocentes príncipes do mato que estavam eles a mais de mil metros de altura acima do nível do mar? Que estavam "atrasados" em mais de mil anos de desenvolvimento técnico em relação aos branquelos barbudos que os submetiam? Provavelmente não. Mas por outro lado sabemos bem a solução que os nobilíssimos pioneiros deram ao problema do
indígena desarmado e friorento: a eliminação covarde da etnia inteira no noroeste do estado...
Bem, para não "aquilizar" o caso, e encurtando a narrativa,
o antigo Pouso dos Bagres prosperou, em termos, repito, "em termos", dando origem a uma cidade chamada Franca das Três Colinas, a Franca do "Imperador Tupiniquim", conhecida atualmente como a "capital
brasileira do calçado", ainda que este título seja contestado com justa razão pela gaúcha
Novo Hamburgo...
Que seja! Grande coisa..., "big deal" diriam os Yankees. Temos o "Magazine Luiza", os troféus empoeirados do basquete e o relógio do sol para nos orgulharmos, não? Isso sem contar nossa mais importante instituição: o Banquinho do Xadrez do calçadão da Marechal Deodoro! Uma controvérsia insípida com os gaúchos só nos afastará mais de nossa meta, discutir uma simples partida de xadrez.
Astronômica e antropocentricamente mais importante que isto é o fato de que a cidade hoje é mais
conhecida pelas enormes "capivaras" bípedes/fumegantes que rondam o calçadão em torno de seus
tabuleiros de xadrez; é mais importante o fato de que o Thiaguím Guitarman agora é um cara emancipado; de que a ausência do Xandão não foi questionada; de que o Ivair Racional Superior estava sóbrio e comportado esta noite; de que nosso querido Celsius Kindervox não está no Nirvana, significando que ainda se encontra entre nós, os desiluminados; de que o Pedrinho "osso duro" continua a desenvolver seu xadrez independentemente de nossa orientação, para seu próprio bem; de que o Rafa "Little Bailiff" esta desencalhado e menos carente afetivamente, o que não o desimpede de suas diligências noturnas (à serviço, diz-se); de que o amigo Ebola se deu conta à tempo de que existe um dispositivo moderno chamado "balança", e que este pode o ajudar a controlar sua expansão horizontal; de que o "Japa" não estava de ressaca e nem se embebedando; de que o Klau continua em liberdade; de que o "Seu" Lander continua nos entretendo com seus aportes eruditos em pleno entretenimento enxadrístico; de que o Profº Aquiles não culpou explicitamente a cantoria punk-rock/melodiosa-odiosa de Dúdis pelos seus mal-escolhidos movimentos intra-tabuleiro; de que há notícias de que nosso "Fundador Todo Foderoso", Profº Maurilão Karamazov esta vivo e em atividade; de que o nosso co-fundador Bibí Palhacín Killer continua buscando a hegemonia enxadrística entre as capivaras com suas armadilhas matutas intra-tabuleiro; e finalmente de que o Profº Saymov, prevendo e torcendo por uma derrota humilhante de Mister Maurício Karamazov Tussígeno, lembrou-se de trazer consigo o artefato captador de instantâneos e raptor de almas, a câmera fotográfica.
O resto, "todo" o resto - desde os extintos dinossauros e bagres de nossos córregos, passando pelos calçados caros e mal-acabados; pelas carteiras de couro falso que descosturam vendidas por "amigos" à "amigos"; pelos pedintes viciados que se sentem atraídos e à vontade entre a capivarada reunida e ruidosa; ou
ainda pelo massacre matreiro dos indígenas pelos bandeirantes (diga-se: que destruíram as evidências e registros dos extermínios coletados pelos jesuítas, que supostamente poderiam servir para uma tardia, pobre e, admitamos, mesquinha reparação social para os descendentes tupis-guaranis em virtude das atrocidades sofridas por seus antepassados..., episódio que, em si, nada tem a ver com o xadrez propriamente dito[?]...), - é apenas parte da história local, inclusa esta na embaraçosa e sangrenta história da herança brasileira.
As "vozes do além" que se manifestam durante as cruéis partidas disputadas no calçadão bem poderiam ecoar o lamento destes nossos ancestrais nativos, reivindicando o que era seu por tradição e pré-histórica ocupação..., mas devo me concentrar e parar de "aquilizar" o comentário da partida, da qual, aliás, até agora nada foi dito...!!
Pois então, para "desaquilizar" voltarei já-já (15' aquilianos, no máximo!) à partida que deixou Mister Maurício Karamazov tão cabisbaixo e tussígeno; deixando tão exultantes as sinistras e sarcásticas "vozes palpiteiras do além"."- Pare de aquilizar porra!!".
Pois bem, a abertura das brancas, conduzidas por Dúdis Cobain, que estava mais
cantarolante e chato que de costume, foi a já típica P4D, seguida pela defesa
não-ortodoxa, semi-suicida e desaconselhável inventada pelo próprio teórico enxadrístico Srº M.
Karamazov, o tussígeno. Ele responde à P4D com P3CR, preparando o fianqueto do
bispo branco, sempre com a má intenção de atacar o P4R que costumeiramente é o
segundo lance de Dúdis, o amável barítono irritante. O que aconteceu desta vez, para
não aquilizar ainda mais o kafkiano relato, foi que
Tozinsky Cobain resolveu tentar "estabilizar" o jogo na ala de sua
Dama, e obteve sucesso em seu intuito. A dama de Mister Karamazov fez apenas um
infeliz lance que a colocou na casa 2BD, ali permanecendo como se fosse uma estátua de sal, petrificada
pelo medo, como a esposa de Ló ao ousar contemplar a furiosa destruição com fogo e enxofre caídos do "céu"(??) sobre Sodoma e Gomorra, lançados das alturas pelo misericordioso YHWH (Iavé). Então Dúdis, o menestrel do punk-rock desafinado, decidiu iniciar um ataque
no flanco do rei adversário, percebendo que Mr Karamazov Tussígeno não sabia se
atacava ou defendia. Sinatra Cobain, o artista menosprezado, iniciou então um
avanço de peões que desestabilizou o "emocional"
e o "racional" de
Karamazov Tussígeno, que acabou por desperdiçar ainda mais tempo importante, já "aquilizado" desde o início, movendo seu cavalo
inexpressivamente três vezes.
Bom, para não aquilizar
até o fim o comentário, o fato é que quando Tussígeno Karamazov deu por sí, Tozinsky (o
sósia latino, sofrível, da síntese de Kurt Cobain e Frank Sinatra) , já tinha firmado um
peão em 6BR protegido por outro em 5R. A alternativa que evitava o mate - uma vez que Tozinsky, o Cavaleiro dos Buquês descartados, posicionou sua rainha em 3R, ameaçando
entrar pela diagonal em 6TR - perdia material decisivo, uma torre ou mais. A
paralisia estupefata de Karamazov o impediu de encontrar qualquer solução para
evitar o mate iminente, preferindo este verdadeiro gentleman encerrar de forma cortês a partida deitando
o rei, tossindo bastante, e apertando a mão calejada, disforme e cheia de bactérias de Dúdis
Tozinsky, não sem antes pedir para que a partida não fosse postada no Blog,
pedido este que foi peremptoriamente negado devido a importante lição que a mesma
contém aos incautos de plantão, qual seja, "nunca,
mas nunca mesmo" deixe sua Dama fora de foco, pode ser fatal no xadrez
e causar terríveis dores-de-cotovelo na vida extra-tabuleiro, se é que para
Karamazov Tussígeno existe tal vida..., ou se tal vida é Vida... As implicações desta visão de mundo são por demais
interessantes para serem debatidas aqui, neste breve relato, merecendo um ensaio à parte..., mas ora-bolas, chega de "aquilizar".
Devo enfatizar a presença e o testemunho ocular desta destrinchante partida pela Vossa Reverendíssima pessoa do "Sumo Sacerdote Pontifical" dos capivaras francanos, Mister Manoel Sírio-Cearense, imigrante, doutor²(doutor ao quadrado - médico e advogado), engenheiro, físico, casuísta, bardo, voluntário de guerra, piadista-humorista, cientista espacial, ficcionista consumado, escritor de renome e eminência parda em vários círculos de poder locais, regionais, nacionais, internacionais e cósmicos. "- Ave-Hail Dom Manoel!!".
O candidato a futuro prefeito da cidade também se fez presente entre os mal-cheirosos capivaras - especialmente o Dúdis - contribuindo para o "miasma insalubre" local com seus odores específicos: Srº Baixinho Pé de Cana. Obrigado à Vossa Excelência pela encantadora e ao mesmo tempo deprimente e espoliante presença; e obrigado por fazer dos roedores muquiranas seres mais generosos através de suas desinteressadas "doações" de campanha..., parte das quais se converterá inevitavelmente em álcool etílico, a mais eficaz das drogas causadoras e curadoras do terrível delirium tremens dentre as existentes no mercado, no branco e no negro. Dúdis Tozinsky, o inveterado em abstinência forçada que o diga... Fui! Good riddance me!
Abraço aos irmãos
capivaras do calçadão francano.
Dúdis Tozinsky
Cobain Sinatra Bezerra Pavarotti Belchior, o canalha despretencioso.
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